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Aquisições e fusões no Brasil caem 8,7% no trimestre

Relatório aponta que país fechou 80 transações no valor de 13,7 bilhões de dólares entre abril e junho


	Fábrica da Seara: compra pelo JBS foi a maior transação do país no trimestre
 (Divulgação/Seara)

Fábrica da Seara: compra pelo JBS foi a maior transação do país no trimestre (Divulgação/Seara)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 31 de julho de 2013 às 18h05.

São Paulo - O trimestre de abril a junho não foi especialmente bom para aquisições e fusões no Brasil. Foram feitas 80 transações com valor total de 13,7 bilhões de dólares, uma queda de 8,7% em relação ao mesmo período de 2012, quando 122 acordos foram fechados totalizando 15 bilhões de dólares. Os números são de um estudo feito pela Merril DataSite em parceria com a consultoria MergerMarket.

A piora nos números brasileiros ajudou a derrubar também o balanço geral da América Latina. Na região como um todo, foram 135 fusões e aquisições no valor de 19,5 bilhões de dólares – melhora de 15,4% em relação ao trimestre anterior e queda de 58,2% comparado ao mesmo período de 2012.

O maior acordo foi a compra da Seara Brasil pelo JBS em junho, por 5,8 bilhões de reais. O segundo lugar ficou com fusão entre a Kroton e a Anhanguera Educacional em abril.

O relatório destaca também a melhora de eficiência e rapidez nos processos analisados pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômico) após a aprovação da reforma na legislação antitruste. Desde que as novas regras entraram em vigor, em maio do ano passado, 250 transações foram aprovadas em um tempo médio de 25 dias – contra uma média de 154 dias no período imediatamente anterior.

No balanço global, o diagnóstico do relatório é de “inércia”: o volume de negócios foi para 2.890 transações, queda de 13% quando comparado ao mesmo período de 2012, e o valor caiu 15%, ficando em 480 bilhões de dólares.

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