Banco BMG: a Goiás Velho também ficará proibida de vender por dois anos os produtos da marca Jurema (Marcos Issa/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2015 às 19h25.
Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, nesta quarta-feira, 22, por unanimidade e sem restrições, a compra dos ativos da fabricante de alimentos enlatados Brasfrigo, pertencente ao Grupo BMG, pela concorrente Goiás Verde.
O tribunal, contudo, aplicou multa de R$ 3 milhões à Goiás Verde por ter consumado a aquisição sem notificar previamente o Cade - o que no jargão técnico é chamado de gun jumping.
A Goiás Verde também ficará proibida de vender por dois anos os produtos da marca Jurema, até então sob domínio da Brasfrigo.
As empresas concordaram com a decisão firmando um Acordo em Controle de Concentração (ACC) com o Cade.
A operação foi realizada em 2012, após acordo entre as empresas sem consulta prévia ao Cade, incluindo a aquisição da estrutura de distribuição da Brasfrigo e suas marcas de atomatados e vegetais enlatados (Jurema, Jussara, Tomatino e Terrabella), que passarão para a Goiás Verde (dona das marcas Bonare e Tomadoro).
As empresas estão localizadas em Luiziânia (GO), onde produzem seleta de legumes em conserva, extrato de tomate, molho de tomate e polpa de tomate.
De acordo com o Cade, embora em purê e polpa de tomate a participação de mercado somada das empresas seja de cerca de 30%, a Goiás Verde atua no mercado de atomatados comprando polpa para enlatar e vender sob a marca Tomadoro.