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Apple rebate acusações de maus-tratos a operários na Foxconn

Tim Cook, sucessor de Steve Jobs, afirma que acompanha situação de funcionários nas unidades da companhia taiwanesa que fabrica seus produtos

Em carta aberta aos funcionários da empresa, Cook respondeu ao artigo afirmando que a Apple se importa com todos os funcionários  (Chris Hondros / Getty Images)

Em carta aberta aos funcionários da empresa, Cook respondeu ao artigo afirmando que a Apple se importa com todos os funcionários (Chris Hondros / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 20h14.

São Paulo - Na noite da última quinta-feira, Tim Cook, CEO da Apple, rebateu as acusações de maus-tratos nas fábricas de fornecedores da companhia – divulgadas pela manhã no jornal The New York Times. De acordo com a publicação, durante 2011, vários acidentes aconteceram nas instalações da taiwanesa Foxconn, causando ferimentos graves e até a morte de trabalhadores responsáveis pela montagem de dispositivos como iPads e iPhones.

Em carta aberta aos funcionários da empresa, Cook respondeu ao artigo afirmando que a Apple se importa com todos os funcionários responsáveis por desenvolver e montar seus produtos. “Nós cuidamos de todas as pessoas que trabalham em nossa cadeia global de suprimentos. Acidentes e problemas relacionados às condições de trabalho nos deixam extremamente preocupados”, disse.

O executivo ainda afirmou que a companhia faz inspeções anuais nas fábricas com o objetivo de melhorar as condições de trabalho. “Com essas visitas, melhoramos as condições de milhares de trabalhadores. Sabemos que ninguém no setor se esforça tanto quanto nós nesse sentido”, afirmou.

A Foxconn, que também monta produtos para companhias como Microsoft, Sony e Nintendo, ganhou popularidade após uma série de suicídios em 2010, frutos de maus-tratos e condições precárias de trabalho. Em maio de 2011, uma das fábricas da empresa, localizada na cidade de Chengdu, no sudoeste da China, explodiu deixando dois mortos e 16 feridos, de acordo com autoridades locais.

Na semana passada, a empresa entrou em crise novamente com uma ameaça de suicído coletivo. Cerca de 300 funcionários subiram no telhado de uma das fábricas da empresa, em Wuhan, e ameaçaram se jogar de lá caso não tivessem seus pedidos atendidos pela direção da companhia.

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