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Apple e Google fecham acordo de US$300 mi por processo

Companhias concordaram com o pagamento para colocar fim a um processo no qual eram acusadas de conspirar para reduzir salários no Vale do Silício


	Google: trabalhadores de tecnologia entraram uma ação coletiva contra Apple, Google, Intel e Adobe Systems em 2011
 (Getty Images)

Google: trabalhadores de tecnologia entraram uma ação coletiva contra Apple, Google, Intel e Adobe Systems em 2011 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2014 às 21h19.

San Francisco - Quatro grandes empresas de tecnologia incluindo Apple e Google concordaram em pagar um total de 324 milhões de dólares para colocar fim a um processo no qual eram acusadas de conspirar para reduzir salários no Vale do Silício, disseram fontes próximas ao acordo, algumas semanas antes da data do julgamento.

Trabalhadores de tecnologia entraram uma ação coletiva contra Apple, Google, Intel e Adobe Systems em 2011, alegando que essas empresas conspiraram para não solicitar funcionários umas das outras com o objetivo de evitar uma guerra de salários. Eles pretendiam pedir 3 bilhões de dólares em indenizações, de acordo com informações do tribunal. Esse volume poderia subir a 9 bilhões de euros de acordo com a lei antitruste.

O caso vinha sendo observado de perto devido ao alto volume de indenizações e por afetar a elite do Vale do Silício. O processo foi baseado amplamente em e-mails nos quais o fundador da Apple, Steve Jobs, e o ex-presidente do Google Eric Schmidt e alguns de seus rivais do Vale do Silício mostraram planos de evitar uma disputa por engenheiros.

Em uma troca de e-mails depois que um recrutador do Google solicitou um funcionário da Apple, Schmidt disse a Jobs que o recrutador seria demitido, disseram os documentos do processo. Jobs então encaminhou a mensagem de Schmidt a um executivo importante da área de recursos humanos com um desenho de um sorriso.

Outras mensagens mostram o diretor de recursos humanos do Google perguntando a Schmidt sobre o acordo. Schmidt, agora presidente-executivo da empresa, pediu discrição.

"Schmidt respondeu que ele preferia tratar disso verbalmente, já que não queria criar um documento pelo qual poderiam ser processados posteriormente", disse, de acordo com o processo. O diretor de RH concordou.

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