Apple: empresa disse que investigou a porcentagem de trabalhadores temporários entre a força de trabalho geral e descobriu que "excedeu nossos padrões" (VCG / Colaborador/Getty Images)
Reuters
Publicado em 9 de setembro de 2019 às 11h45.
Última atualização em 23 de setembro de 2019 às 13h45.
Xangai — A Apple e sua parceira Foxconn refutaram nesta segunda-feira (9), as alegações de falhas na gestão de pessoas reveladas por um órgão monitor dos direitos trabalhistas, apesar de confirmarem que empregam muitos trabalhadores temporários.
A resposta veio depois de a China Labor Watch divulgar um extenso relatório acusando as duas empresas de violar várias leis trabalhistas chinesas, incluindo uma que proíbe funcionários temporários de exceder 10% da força de trabalho total.
A empresa de tecnologia norte-americana Apple depende muito da Foxconn, de Taiwan, e de suas instalações chinesas para produzir dispositivos como o iPhone, cuja próxima linha será revelada na terça-feira.
Em um comunicado, a Apple disse que investigou a porcentagem de trabalhadores temporários entre a força de trabalho geral e descobriu que "excedeu nossos padrões". A empresa disse que estava trabalhando com a Foxconn para "resolver imediatamente o problema".
A Apple não afirmou se o excesso de trabalhadores representava uma violação da lei chinesa. Ela se recusou a comentar quando solicitada diretamente pela Reuters.
A Foxconn confirmou separadamente o excesso de dependência de trabalhadores temporários, conhecidos como despachantes internos.
"Encontramos evidências de que o uso de despachantes e o número de horas extras realizadas por funcionários, que confirmamos que sempre foram voluntárias, não eram consistentes com as diretrizes da empresa", afirmou a Foxconn.
Ela disse que "iniciou imediatamente um processo detalhado para garantir que todos os problemas fossem resolvidos".