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Apple anuncia resultado recorde e vendas do iPhone voltam a subir

Após queda nas vendas de iPhones ao longo de 2019, a receita com vendas do celular teve alta de 8% no quarto trimestre

Apple: lançamento do iPhone 11 alavancou os resultados  (Zhang Peng/LightRocket/Getty Images)

Apple: lançamento do iPhone 11 alavancou os resultados (Zhang Peng/LightRocket/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2020 às 18h56.

Última atualização em 28 de janeiro de 2020 às 19h56.

A Apple pode voltar a confiar em seu produto mais querido para alavancar as vendas do balanço. A empresa apresentou resultado recorde do quarto trimestre de 2019 nesta terça-feira 28, e voltou a ver crescimento na receita de vendas dos celulares iPhone.

O faturamento gerado pelos iPhones fechou o trimestre em 56 bilhões de dólares, alta de 8% na comparação com o mesmo período de 2018. A alta foi incentivada sobretudo pelo lançamento do iPhone 11, que chegou às prateleiras em setembro. Antes disso, o celular havia apresentado queda nos primeiros nove meses de 2019.

Ao todo, a Apple fechou o trimestre com vendas de 91,8 bilhões de dólares, alta de 11% em relação a 2018. O lucro foi de 25,6 bilhões de dólares, alta de 9%.

Assim como nos trimestres anteriores, um dos pontos positivos do balanço é o crescimento em serviços e itens de hardware (os chamados wearables, como o relógio inteligente da Apple). O segmento de acessórios e wearables teve alta de 4%, fechando em 10 bilhões de dólares. O setor de serviços fatores subiu 16%, com faturamento de 12,7 bilhões de dólares. Os serviços incluem produtos como mais armazenamento na nuvem, serviço de música e seu streaming Apple TV+, lançado em novembro e disponível no Brasil por 9,90 reais.

Os serviços e os wearables já são mais importantes do que os tradicionais computadores Mac ou os tablets iPad, que voltaram a cair, fechando em 7,2 bilhões e 6 bilhões de dólares, respectivamente. O iPad, aliás, completou dez anos nesta semana. Embora seja líder de vendas na categoria, o iPad já vê há anos sua popularidade cair à medida em que os smartphones substituem os tablets -- menos de 3% dos acessos à internet é feito com tablets em 2019, segundo a consultoria StatCounter. 

Ano difícil

A queda nas vendas de iPhones em 2019 foi um dos principais motivos para que a Apple fechasse seu ano fiscal (encerrado em setembro) com lucro e faturamento menores do que em 2018. O faturamento, de 260 bilhões de dólares, teve queda de 2%, enquanto o lucro caiu 7%, fechando em 55,3 bilhões de dólares.

No acumulado entre janeiro e setembro do ano passado, o celular teve queda de 15% na receita: de 128 bilhões de dólares em 2018 para 109 bilhões nos primeiros nove meses do ano passado.

As vendas da Apple cresceram em todas as regiões no último trimestre de 2019, com exceção do Japão. Mas os números também praticamente estagnaram na China, onde as vendas subiram somente 3%. O faturamento na região responde por 15% das vendas da Apple, atrás de Américas e Europa, mas crescer em território chinês é visto como essencial para a empresa.

Uma nova frente de incertezas, para a Apple e para as grandes empresas globais com operação na China, é o impacto que o coronavírus terá para seus negócios. Uma de suas principais fornecedoras, a Foxconn, adiou a volta de seus empregados ao trabalho depois de um feriado. Segundo o jornal japonês Nikkei, uma leva de 80 milhões de smartphones que a companhia pretendia fabricar na China no primeiro semestre está sob risco e pode ser adiada. As ações da companhia caíram 2,9%, ontem, em meio aos temores globais de uma epidemia em larga escala.

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