Atualmente em fase piloto, os terminais do iFood estão sendo usados por 300 motoboys em Guarulhos (SP) (./Divulgação)
Reuters
Publicado em 20 de julho de 2018 às 21h27.
Última atualização em 20 de julho de 2018 às 22h08.
SÃO PAULO (Reuters) - O aplicativo de pedido e entregas de comida iFood Delivery lançou seu próprio terminal de pagamentos, numa ofensiva para aumentar a eficiência e reduzir custos com uma solução que dispensa os serviços das tradicionais adquirentes de cartões.
Atualmente em fase piloto, os terminais do iFood estão sendo usados por 300 motoboys em Guarulhos (SP). A previsão do grupo é que até o fim do ano dois mil entregadores recebam o pagamento dos pedidos com a maquininha própria do aplicativo.
O serviço usa a tecnologia da empresa de meios de pagamento Zoop, que habilita negócios e empresas a criarem soluções de pagamentos com uso de suas próprias marcas.
Em nota, o iFood disse que prevê que essa solução aumentará suas vendas em 30 por cento, além de reduzir riscos de contestação dos pedidos e os custos transacionais.
A expectativa de aumento das vendas deve-se em parte ao entendimento de que a mudança otimiza a logística operacional dos entregadores, os motoboys.
Atualmente, o entregador precisa buscar o terminal de pagamento no restaurante, fazer a entrega no endereço do pedido e voltar ao estabelecimento para devolvê-lo.
"A partir de agora, o motoqueiro terá uma maquininha única, do próprio iFood, que servirá para todos os restaurantes da rede", afirmam as parceiras. "A plataforma direciona o pagamento ao estabelecimento correspondente, conforme ordem dos pedidos".
O sistema também divide os valores pagos para o restaurante, ao entregador e ao iFood.
Na semana passada a Movile, dona do iFood e da Zoop, recebeu aporte de 124 milhões de dólares, o maior investimento já feito na empresa criada há oito anos, numa rodada feita pela sul-africana Naspers e pelo fundo brasileiro Innova Capital, que tem entre os investidores Jorge Paulo Lemann.
Os recursos serão canalizados no iFood e também nos negócios de venda de ingressos Sympla e de transações financeiras Zoop, afirmou o presidente-executivo da Movile, Fabricio Bloisi.