São Paulo - O Itaú Unibanco divulgou resultado surpreendente para o segundo trimestre, apesar do cenário macroeconômico menos favorável ao crédito, e previu manter indicadores sólidos até o fim do ano, alavancando suas ações nesta terça-feira.
O resultado trimestral trouxe ingredientes como lucro recorde, a oitava queda seguida do índice de inadimplência acima de 90 dias e rentabilidade sobre o patrimônio no pico em quase quatro anos, todos melhores do que a previsão média de analistas.
O desempenho foi fortemente apoiado no aumento de 7,1 por cento da margem financeira com clientes em relação ao trimestre imediatamente anterior, mostrando que o banco conseguiu repassar com sobra o aumento dos custos de captação derivado da alta da taxa Selic.
"Tivemos um resultado que sofreu menos o impacto do cenário macroeconômico", disse o diretor corporativo de Controladoria e Relações com Investidores, Marcelo Kopel, em teleconferência com jornalistas, comentando que o resultado refletiu a preferência do banco por rentabilidade em vez de ganhar fatia de mercado.
Segundo o executivo, alguns dos principais indicadores do grupo, como rentabilidade e qualidade da carteira, devem se manter nos atuais níveis até dezembro, enquanto a carteira de crédito pode até acelerar um pouco.
Em 12 meses até junho, o estoque de financiamentos do grupo avançou 9,6 por cento, pouco abaixo da faixa prevista para 2014, de 10 a 13 por cento.
Às 15h51, a ação do maior banco privado do país subia 2,00 por cento, a 36,18 reais. No mesmo instante, o Ibovespa recuava 0,63 por cento.
Em relatório intitulado "Os 'pessimistas' terão que esperar na fila... de novo", a equipe de analistas do Credit Suisse liderada por Marcelo Telles afirmou que os resultados do Itaú devem derrubar previsões apocalípticas sobre o setor bancário brasileiro.
Na semana passada, Bradesco e Santander Brasil divulgaram seus resultados do segundo trimestre mostrando menor crescimento do crédito e aumento dos calotes, refletindo a frágil atividade econômica do país.
No próximo dia 14 será a vez do Banco do Brasil apresentar seus números do segundo trimestre, e a previsão de analistas é de queda no lucro e na rentabilidade e aumento na inadimplência.
Também em relatório, analistas do BTG Pactual sob liderança de Eduardo Rosman consideraram o balanço do Itaú Unibanco um grande feito, dadas as condições macroeconômicas do país.
"O Itaú Unibanco está se sobressaindo em todos os aspectos (maiores receitas com tarifas, crescimento mais rápido em seguros e controle das despesas) para superar os efeitos de um cenário de crédito fraco", afirmou o BTG.
Já o analista do Bradesco BBI Carlos Firetti alertou para despesas um pouco acima do previsto, mas salientou o aumento da margem financeira com clientes e manteve a recomendação "outperform" para as ações do Itaú, o que significa que espera um desempenho acima da média do setor.
Cautela Para 2015
Segundo Kopel, no entanto, o banco pode já ter atingido o topo do desempenho considerando o atual cenário econômico, e uma melhora ou manutenção do desempenho em 2015 pode depender das condições para a atividade bancária.
"Não vamos conseguir entregar bons resultados o tempo todo se o cenário macro não melhorar", disse em teleconferência.
Segundo o executivo, o banco está explorando meios de melhorar seus resultados por meio de ganho de eficiência e da diversificação de resultados, como a expansão no exterior, o que protegeria os resultados contra eventuais ventos contrários da economia doméstica.
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1. 1 - Itaú Unibanco
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1/11 (Wikimedia Commons)
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País-sede das operações | Brasil |
Patrimônio líquido (em US$ milhões) | 34 920,9 |
Lucro líquido (em US$ milhões) | 5 160,5 |
Número de empregados | 95 719 |
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2. 2 - Bradesco
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2/11 (Andrew Harrer/Bloomberg)
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País-sede das operações | Brasil |
Patrimônio líquido (em US$ milhões) | 32 631,6 |
Lucro líquido (em US$ milhões) | 6 706,3 |
Número de empregados | 83 900 |
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3. 3 - Banco do Brasil
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3/11 (Divulgação/Banco do Brasil)
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País-sede das operações | Brasil |
Patrimônio líquido (em US$ milhões) | 30 492,7 |
Lucro líquido (em US$ milhões) | 6 054,8 |
Número de empregados | 112 216 |
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4. 4 - Santander
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4/11 (Leon Neal/AFP)
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País-sede das operações | Brasil |
Patrimônio líquido (em US$ milhões) | 23 591,0 |
Lucro líquido (em US$ milhões) | 1 592,0 |
Número de empregados | 49 621 |
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5. 5 - Caixa
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5/11 (Andrevruas/Wikimedia Commons)
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País-sede das operações | Brasil |
Patrimônio líquido (em US$ milhões) | 15 308,4 |
Lucro líquido (em US$ milhões) | 2 471,5 |
Número de empregados | 98 198 |
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6. 6 - Banamex
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6/11 (Wikimedia Commons)
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País-sede das operações | México |
Patrimônio líquido (em US$ milhões) | 10 281,0 |
Lucro líquido (em US$ milhões) | 1 013,7 |
Número de empregados | 32 060 |
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7. 7 - BBVA Bancomer
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7/11 (Carlos Alvarez/Getty Images)
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País-sede das operações | México |
Patrimônio líquido (em US$ milhões) | 9 595,1 |
Lucro líquido (em US$ milhões) | 2 353,3 |
Número de empregados | 29 115 |
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8. 8 - Santander México
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8/11 (David Ramos/Bloomberg)
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País-sede das operações | México |
Patrimônio líquido (em US$ milhões) | 7 085,2 |
Lucro líquido (em US$ milhões) | 1 442,9 |
Número de empregados | 17 652 |
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9. 9 - Bancolombia
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9/11 (Divulgação)
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País-sede das operações | Colômbia |
Patrimônio líquido (em US$ milhões) | 6 464,9 |
Lucro líquido (em US$ milhões) | 763,5 |
Número de empregados | NI |
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10. 10 - Bogotá
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10/11 (Wikimedia Commons)
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País-sede das operações | Colômbia |
Patrimônio líquido (em US$ milhões) | 5 976,9 |
Lucro líquido (em US$ milhões) | 329,0 |
Número de empregados | NI |
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11. Veja também: As 15 maiores empresas de capital aberto da América Latina em 2013
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11/11 (Germano Lüders/EXAME)