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Após Loro Piana, Ferragamo é próximo alvo de mercado de luxo

Depois que a LVMH anunciou a comprar 80% da Loro Pianao por US$ 2,6 bi, ações de varejistas italianas de luxo como a Ferragamo e a Yoox SpA fecharam em níveis recordes


	A Ferragamo pode ser a próxima na lista de aquisições e as ações da empresa fecharam em alta recorde nesta quinta-feira
 (Neilson Barnard/Getty Images)

A Ferragamo pode ser a próxima na lista de aquisições e as ações da empresa fecharam em alta recorde nesta quinta-feira (Neilson Barnard/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2013 às 11h40.

Paris/Nova York - Após o acordo da LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton SA pela fabricante de roupa Loro Piana SpA, as empresas italianas do mercado de luxo, incluindo nomes do porte de Salvatore Ferragamo SpA e Tod’s SpA, podem ser os próximos alvos dos endinheirados conglomerados em busca de crescimento.

Depois que a LVMH anunciou a transação de US$ 2,6 bilhões, aumentaram as ações de varejistas italianas de luxo como a Ferragamo e a Yoox SpA, que fecharam em níveis recordes, enquanto a Brunello Cucinelli SpA e a Tod’s subiram 4,5 por cento e 2,8 por cento, respectivamente.

A fabricante de sapatos Ferragamo e a Tod’s são os mais prováveis próximos alvos, disse a Equita Sim SpA. A Yoox e a Cucinelli, rival da Loro Piana, oferecem um crescimento das vendas, até 2015, de 88 por cento e 45 por cento, respectivamente, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Apesar de o ritmo de crescimento estar paralisado na LVMH e na Kering SA, de propriedade da Gucci, ambos os conglomerados estarão entre os compradores mais ativos, disse a Sanford C. Bernstein Co.

Após cinco anos em meio à crise econômica mundial que colocou a economia italiana em queda livre, a família Loro Piana abordou a LVMH para comprar uma participação na fabricante de cardigans de cashmere de US$ 10.500 para contribuir com a expansão do fundo.

Outras empresas italianas também podem abordar compradores em vez de emprestadoras para ajudar a financiar o crescimento, disse a Bryan, Garnier Co.

“Será uma epidemia e haverá uma aceleração de compras na indústria do luxo”, disse Milton Pedraza, diretor-executivo do Luxury Institute LLC, uma firma de pesquisas e consultas com sede em Nova York, em entrevista por telefone. “Elas têm altas margens de lucro, mas elas necessitam de capital para abrir lojas ao redor do mundo e muito frequentemente precisam de expertise para se globalizarem. O dinheiro está lá fora atualmente e o luxo é extremamente atrativo.”


Desacelerando o crescimento

A LVMH, maior fabricante de bens de luxo do mundo, entrou em acordo nesta semana para comprar 80 por cento da Loro Piana, avaliada em 2,7 bilhões de euros (US$ 3,5 bilhões), incluindo sua dívida líquida.

A aquisição, que seria a maior da LVMH desde 2011, quando comprou a joalheria Bulgari SpA, ajuda a empresa com sede em Paris a atacar a demanda por itens exclusivos ao mesmo tempo em que estão em queda as vendas de suas bolsas Louis Vuitton, voltadas ao mercado de massas.

A LVMH está enfrentando seu pior aumento de receita desde 2009.

A Ferragamo pode ser a próxima na lista de compras, enquanto a Tod’s é também um alvo atrativo, escreveu Paola Carboni, uma analista de Milão da Equita Sim, em 9 de julho.

As ações da Ferragamo fecharam a um recorde ontem. A Tod’s subiu 0,3 por cento para um recorde histórico de 117,9 euros. Baseado na oferta da Loro Piana pela LVMH, a Ferragamo pode chegar a 29 euros por ação em venda, enquanto a Tod’s poderia atingir 150 euros por ação, estima Carboni.


A Yoox, operadora de 1,1 bilhão de euros de lojas de comércio eletrônico para marcas como Armani e Zegna, também pode ser um alvo potencial, de acordo com Chiara Rotelli da Mediobanca SpA. A varejista pode ser avaliada em 31,9 euros por ação em venda, disse em relatório a analista baseada em Milão.

Poder de fogo do dinheiro

A LVMH e a Kering têm poder de fogo para abocanhar rivais menores. A Kering tinha 2,1 bilhões em dinheiro e equivalentes no final de 2012, seu maior estoque desde 2004, segundo dados compilados pela Bloomberg.

A pariense Kering, que adquiriu a joalheria italiana Pomellato SpA em abril, disse que está interessada em acordos de pequeno para médio porte. A LVMH possuía 2,2 bilhões de euros em dinheiro no final do ano passado.

“Nossa estratégia de fusões e aquisições é oportunista”, disse o diretor financeiro da LVMH, Jean-Jacques Guiony, em 8 de julho, em uma conference call após o acordo da Loro Piana. “Nós compramos apenas as mais atrativas e melhores marcas que ficam disponíveis.”

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