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Após cortar 33% do orçamento, Anatel pensa em reduzir call center

Corte atingiram, principalmente, a área de TI, o que impede o desenvolvimento de sistemas para aperfeiçoar o atendimento aos consumidores e às empresas

Anatel: corte das atividades do call center é uma das hipóteses discutidas há muito tempo (Sinclair Maia/Anatel/Divulgação)

Anatel: corte das atividades do call center é uma das hipóteses discutidas há muito tempo (Sinclair Maia/Anatel/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2017 às 09h10.

Última atualização em 5 de junho de 2017 às 10h21.

Depois do corte de 33% de seu orçamento, a Anatel está em dificuldades para fechar as contas. Sem considerar os gastos com pessoal, a agência perdeu R$ 23 milhões da verba de custeio e de investimentos em novos sistemas e a falta de recursos pode impactar no call center da agência.

Segundo o presidente Juarez Quadros, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, já foi informado da penúria da Anatel e se comprometeu a ajudar.

Mas, até agora não houve avanços. De acordo com Quadros falta caixa na agência até para atender as demandas mais imediatas. "Nós pedimos R$ 2 milhões, mas a área econômica só liberou R$ 500 mil", exemplificou.

Para Quadros, apesar de sensível ao problema, o ministro Kassab está à frente de uma pasta muito ampla e tem falta de recursos em todas as áreas.

Por essa razão, funcionários da Anatel estão tratando diretamente com técnicos do Ministério do Planejamento.

O corte atingiu, principalmente, a área de TI da agência, o que impede o desenvolvimento de novos sistemas para aperfeiçoar o atendimento aos consumidores e às empresas.

Quadros disse que já está estudando a redução de posições do call center se não houver o descontingenciamento do orçamento.

O corte das atividades do call center é uma das hipóteses discutidas há muito tempo, porque é uma atividade muito custosa para a agência e que poderia, em tese, ser substituído pelo portal Consumidor.gov.br, mantido pela Senacon do Ministério da Justiça para atender reclamações e demandas do consumidor em relação a grandes prestadores de serviços e varejistas.

Esta é uma medida apoiada pelas empresas de telecomunicações, mas que ainda encontra muita resistência junto aos órgãos de defesa do consumidor e da própria agência.

No entanto, ao custo operacional do call center, cada vez mais limitado pelos cortes de orçamento, a alternativa ganha força.

Este conteúdo foi originalmente publicado no site do Teletime.

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