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Após acordo com Qualcomm ser barrado, Broadcom manterá interesse

Trump impediu o que teria sido o maior acordo na área de tecnologia devido a preocupações de que a fusão daria vantagem à China na área de comunicação móvel

Qualcomm: o acordo da empresa tornaria a Broadcom o fornecedor dominante de chips usados em smartphones (Mike Blake/File Photo/Reuters)

Qualcomm: o acordo da empresa tornaria a Broadcom o fornecedor dominante de chips usados em smartphones (Mike Blake/File Photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de março de 2018 às 16h15.

O presidente-executivo da Broadcom, Hock Tan, não deve descartar a onda de aquisição após a oferta de 117 bilhões de dólares da fabricante de chips pela Qualcomm ser bloqueada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, argumentando questão de segurança nacional, disseram analistas nesta terça-feira.

Trump emitiu uma ordem na véspera para impedir o que teria sido o maior acordo na área de tecnologia devido a preocupações de que a fusão daria vantagem à China na área de comunicação móvel.

O presidente-executivo da Broadcom tem uma inclinação a compras que tornou a Avago, a pequena fabricante de chips que ele comandava com valor de mercado de apenas 3,5 bilhões de dólares em 2009, em uma gigante avaliada em mais de 100 bilhões de dólares.

Tan comprou a Broadcom por 37 bilhões de dólares em um acordo alavancado em 2015 e avançou com um acordo de 5,5 bilhões de dólares para comprar a Brocade Communications dois anos depois.

Muitos analistas acreditam que a Broadcom vai sair do acordo com a Qualcomm e muitos identificaram a Xilinx e a israelense Mellanox Technologies como seus próximos alvos.

A Broadcom não pode ser imediatamente contatada para comentar o assunto.

Embora o acordo da Qualcomm tornaria a Broadcom o fornecedor dominante de chips usados em smartphones e levaria a empresa à dianteira no desenvolvimento da próxima geração de tecnologia móvel conhecida como 5G, a empresa ainda pode fazer uma série de acordos menores para ganhar força.

"Nós acreditamos que as opções da Broadcom começam com a continuidade das fusões e aquisições amplamente dimensionadas em comunicação, disse o analista Craig Ellis, da B. Riley. "A Broadcom cobiça negócios de alta margem, risco em tecnologia e crescimento moderado com mercado final complementar e exposição a cliente."

Dois analistas disseram que a Xilinx e a Mellanox seriam boas opções para a Broadcom, embora não tão transformadoras como a Qualcomm. A Xilinx faz chips usados para comunicação sem fio e os produtos da Mellanox conectam servidores e sistemas de armazenamento, complementando a carteira da Broadcom.

A Xilinx tem valor de mercado de 20 bilhões de dólares e a Mellanox, de pouco menos de 4 bilhões de dólares.

Nenhuma das duas empresas estava imediatamente disponível para comentar.

 

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