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Após 30 anos em diversas áreas, Graça Foster deixa Petrobras

Eleita a 4ª mulher mais poderosa do mundo, a ex-presidente da Petrobras, que renunciou hoje, tinha mais de 30 anos de estatal

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 15h19.

Rio de Janeiro - Eleita a quarta mulher mais poderosa do mundo em fevereiro de 2014 pela revista Fortune, em uma lista de 50 mulheres de negócios, a ex-presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster nasceu em Caratinga, Minas Gerais, em 26 de agosto de 1953.

Eleita em fevereiro de 2012 para a presidência da estatal, Graça Foster tem mais de 30 anos de experiência na empresa. Era membro do Conselho de Administração e acumulava a Diretoria da Área de Negócio Internacional da companhia.

Antes de tomar posse, atuou como diretora da Área de Gás e Energia e presidiu a Petrobras Gás (Gaspetro) e a Petrobras Química (Petroquisa). Também foi presidenta e diretora financeira da Petrobras Distribuidora (BR).

Até renunciar ao cargo, na manhã de hoje (4), Graça Foster também presidia os conselhos de Administração da Petrobras Transporte (Transpetro) e da Petrobras Gás (Gaspetro) e o Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). É membro dos conselhos de Administração da Petrobras Distribuidora e da Petrobras Biocombustível.

Em sua trajetória, também exerceu a função de secretária de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia.

Formada em engenharia química pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 1978, mestre em engenharia de fluidos e pós-graduada em engenharia nuclear pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Graça Foster cursou MBA pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Graça deixa a presidência da maior empresa de energia da América Latina em meio a denúncias de corrupção e superfaturamento, decorrentes da Operação Lava Jato, que foi desencadeada pelo Ministério Público do Paraná e pela Polícia Federal e já levou à prisão diversos diretores da estatal, além de executivos das principais empreiteiras do país.

Ela renunciou ao cargo após a divulgação, com atraso, do balanço financeiro da Petrobras relativo ao terceiro trimestre do ano passado, que apontou que os prejuízos causados pelo esquema de corrupção são estimados em R$ 88 bilhões.

Graça Foster assumiu o comando da maior empresa do país com a missão de dar prosseguimento ao ritmo de crescimento da estatal e desenvolver os campos de petróleo do pré-sal, na Bacia de Santos.

A Petrobras também trocará o comando de cinco diretorias, mas os nomes ainda não foram confirmados pela estatal. A Petrobras conta atualmente com sete diretores, incluído o novo diretor nomeado para a área de Governança e Conformidade, João Adalberto Elek Júnior, que deve continuar no cargo.

Elek Júnior foi o último diretor nomeado na administração de Graça Foster e assume o cargo para dar maior controle às operações e aos projetos da companhia, aumentar a transparência dos contratos de licitações e tornar mais eficaz o controle de gastos.

Os outros diretores são o da Área Financeira e de Relações com Investidores na Petrobras, Almir Barbassa, que está no cargo desde 2005.

Foi gerente executivo de Finanças de 1999 a 2005 e atuou como gerente financeiro da subsidiária Petrobras América, em Houston, por três anos. Barbassa ocupou o cargo de diretor financeiro da Braspetro, braço internacional da Petrobras, de 1993 até 1999. Também foi presidente da Petrobras International Finance, Petrobras Finance e Petrobras Netherlands BV, empresas que realizam atividades financeiras internacionais da companhia. Ele é membro do Conselho de Administração da Braskem desde 2010.

José Miranda Formigli, da Área de Exploração e Produção (a de maior orçamento da empresa), está à frente do cargo desde 2012. Em 2008, foi nomeado gerente executivo da área criada para o planejamento e desenvolvimento das descobertas do pré-sal.

Em sua carreira, atuou em funções gerenciais nas áreas de completação de poços, engenharia submarina, produção da Bacia de Campos, Ativo de Produção de Marlim, Serviços Especializados de E&P e Engenharia de Produção de E&P. Ingressou na Petrobras em 1983 e fez o curso de formação em engenharia de petróleo. É também membro do Conselho de Administração da Petrobras Gás S.A. (Gaspetro).

O diretor da Área de Gás e Energia é José Alcides Santoro Martins, que, no cargo desde desde 2012, tem mais de 30 anos na empresa. Também presidente da Petrobras Gás (Gaspetro), foi gerente executivo na Petrobras Distribuidora e diretor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A área de Abastecimento e Refino é ocupada por José Carlos Cosenza, indicado em 2012 para a diretoria e que também teve o nome também envolvido na Operação Lavo Jato. Cosenza tem mais de 30 anos de companhia e, antes de assumir a Diretoria de Abastecimento, foi gerente executivo de Refino.

José Antonio de Figueiredo tomou posse como diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais em 2012. Ele é engenheiro, formado pela UFRJ em 1978, e ingressou na Petrobras um ano depois. Na companhia, exerceu diversas funções gerenciais, entre as quais a de gerente executivo de E&P Sul-Sudeste e gerente executivo de Serviços de E&P.

Ex-presidente da estatal no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Eduardo Dutra, indicado para a Diretoria Corporativa e de Serviços em 2012, presidiu a Petrobras de 2003 a 2005, e fez parte do Conselho de Administração da companhia e da Petrobras Distribuidora. Em sua carreira, também foi presidente da Petrobras Distribuidora e exerceu a atividade de geólogo na Petrobras Mineração (Petromisa) e na companhia Vale.

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