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Aplicativo de banco no celular: tudo que você precisa saber para proteger sua conta

Bastam alguns cuidados simples para impedir que essa comodidade se transforme em uma dor de cabeça

 (Yana Iskayeva/Getty Images)

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Publicado em 20 de março de 2024 às 10h00.

Última atualização em 25 de junho de 2024 às 15h51.

Ter o smartphone roubado ou furtado é um contratempo para todo mundo. E ainda mais quando se trata de um dos aparelhos mais cobiçados do momento, que custam pequenas fortunas. No caso de celulares com aplicativos de banco instalados, no entanto, a dor de cabeça pode ser ainda maior. Não por acaso, o que motiva muitos dos roubos e furtos do gênero é o interesse dos criminosos em acessar as contas bancárias das vítimas – que correm o risco de amargar um tremendo prejuízo por causa disso.

Alguns cuidados, no entanto, podem fazer muita diferença para quem caiu nas garras de um ladrão de celular. Uma dica estratégica é manter os aplicativos dos bancos ocultos, o que alguns smartphones permitem fazer – basta acessar as configurações. Com esse truque, caso o telefone caia nas mãos erradas, as chances de suas contas serem violadas são bem menores. Gerente executivo de prevenção a fraudes do Banco PAN, Roberto Giuliani também recomenda que você opte pela opção mais rápida de acionamento do bloqueio automático de tela.

Outra sugestão é a desativação das notificações que são exibidas independentemente do bloqueio de tela inicial – tudo para evitar que os ladrões tenham acesso a informações que possam dar margem para golpes. “Utilize os recursos de biometria e de reconhecimento facial, caso seu dispositivo disponha dessas tecnologias, e ative a dupla autenticação em todas as suas contas de internet”, acrescenta o executivo. “Vale tanto para e-mail como para aplicativos e sites”.

Jamais anotar senhas no bloco de notas ou em qualquer outro programa instalado no aparelho é uma das dicas que merecem ser repetidas.No caso de computadores, nos quais os aplicativos de banco também costumam ser instalados, convém evitar o recurso de “lembrar/salvar senha” disponibilizado pelos navegadores – ele pode facilitar a vida dos hackers.

Manter os sistemas do celular e do notebook sempre atualizados é outra atitude recomendada, assim como anotar o código do IMEI do smartphone em algum local seguro – isso permite que a linha e o aparelho sejam bloqueados em caso de roubo, furto ou perda. “Para conseguir apagar os dados do seu telefone e localizá-lo remotamente, se necessário, habilite a função de rastreio do celular”, indica o gerente executivo de prevenção a fraudes do PAN.

Novas estratégias

As armadilhas envolvendo os aplicativos de banco estão cada vez mais sofisticadas. “Os golpes que mais crescem envolvem a manipulação das vítimas para o roubo de informações pessoais, fazendo com que os clientes se autentiquem e façam as transações”, explica Giuliani. “Desde o começo da pandemia, os criminosos têm aproveitado a maior permanência das pessoas em casa e o crescimento exponencial das transações digitais para aplicar golpes na população”.

Com o advento do PIX, os bandidos ganharam mais uma “ferramenta de trabalho”. Daí a importância de não clicar em links recebidos por e-mail, mensagens de SMS, WhatsApp e redes sociais que direcionam a cadastros de chaves PIX. “Os golpes que envolvem o PIX são os mais visados”, alerta o executivo do banco PAN. “Sempre confirme os dados da pessoa para quem você está enviando o pagamento”.

Para diminuir as ações dos criminosos, a FEBRABAN fechou um acordo de cooperação técnica com a Polícia Federal em 2015. Deu origem ao Projeto Tentáculos, que vem combatendo fraudes eletrônicas bancárias desde então. Mais de 60 operações já foram deflagradas com o apoio das instituições financeiras. Enquanto todos os criminosos virtuais não são enquadrados, porém, convém não dar chance para o azar. Manter os aplicativos de banco a salvo é o melhor caminho, e não custa nada.

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