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Apetite de private equity sustenta fusões de médio porte

Fundos de private equity e os projetos de longo prazo das companhias brasileiras têm sustentado o mercado de fusões e aquisições de médio porte

Remédios: setores que devem gerar mais transações de médio porte são os de tecnologia e saúde (Getty Images)

Remédios: setores que devem gerar mais transações de médio porte são os de tecnologia e saúde (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 11h34.

São Paulo - O apetite dos fundos de private equity e os projetos de longo prazo das companhias brasileiras têm sustentado o mercado de fusões e aquisições de médio porte, a despeito da menor atividade global do setor no país, segundo o sócio da assessoria financeira Cypress.

"Para nós o mercado não parou", afirmou à Reuters Carlos Parizotto, que dirige a assessoria voltada para fusões e aquisições que movimentam entre 100 milhões e 1 bilhão de reais.

Com sede em São Paulo, a Cypress planeja abrir um novo escritório em Belo Horizonte ainda neste ano, após ter se estabelecido no Rio e Curitiba em 2011 e 2012, num momento em que os grandes bancos de investimento estrangeiros vivem uma retração no país.

Entre janeiro e junho, a Cypress participou de quatro transações de compra e venda de empresas e espera fechar o ano com um total de seis a sete transações, em linha com o ano passado. No momento, a Cypress tem 35 mandatos em mãos, o que deve garantir um resultado superior em 2014, disse Parizotto.

Segundo ele, os setores que devem gerar mais transações de médio porte são os de tecnologia e saúde. Nos últimos meses, no entanto, os empresários brasileiros estão vivendo um "choque de realidade", segundo ele, devido à revisão para baixo dos preços dos ativos no Brasil, o que leva algumas transações a levarem mais tempo para ser concluídas.

Segundo dados da Reuters, o volume de fusões envolvendo empresas brasileiras encolheu no primeiro semestre ao menor nível em 8 anos, em meio à fraca atividade econômica e à volatilidade do mercado de capitais.

Mas segundo Parizotto, o apetite dos fundos de private equity por comprar participações está dando algum fôlego para o setor. "Eles estão muito capitalizados e procurando", disse.

Segundo dados da entidade que representa a indústria de participações, a ABVCAP, este tipo de fundo tinha 28,7 bilhões de reais disponíveis para investimentos no final de 2012. No ano anterior, eram 22,7 bilhões de reais disponíveis.

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