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Apesar de lucro recorde, BB faz previsões conservadoras

Segundo as projeções de desempenho do BB para 2014, o agronegócio terá o maior crescimento de crédito


	Aldemir Bendini, presidente do Banco do Brasi: "preferimos apresentar um dado, digamos, mais conservador ou realista, e procurar surpreender, como temos feito nos últimos anos"
 (Germano Luders/EXAME)

Aldemir Bendini, presidente do Banco do Brasi: "preferimos apresentar um dado, digamos, mais conservador ou realista, e procurar surpreender, como temos feito nos últimos anos" (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 15h05.

São Paulo - Apesar do lucro líquido recorde obtido no ano passado, de R$ 15,8 bilhões, o presidente do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, fez projeções modestas para os resultados da instituição para este ano. "Preferimos apresentar um dado, digamos, mais conservador ou realista, e procurar surpreender, como temos feito nos últimos anos", disse ele.

Segundo as projeções de desempenho do BB para 2014, o agronegócio terá o maior crescimento de crédito. A estimativa é que os empréstimos para o segmento variem de 18% a 22%. Esses percentuais, no entanto, são inferiores aos previstos no ano passado, entre 24% e 28%. O desempenho final ficou bem acima do esperado: 34,1%. A projeção para toda a carteira de crédito ampliada varia de 14% a 18% este ano, contra 17% a 21% do ano passado. O resultado, em 2013, foi 19,9%.

De acordo com Bendine, as estimativas ainda podem ser revisadas. "A divulgação de um guidance [projeção de resultados] é feita sobre o cenário de um determinado momento. Era um cenário em que trabalhávamos há aproximadamente três meses. As projeções de futuro não estavam tão clarificadas como estão neste momento."

O lucro líquido de R$ 15,8 bilhões no ano passado, valor 29,1% superior aos ganhos em 2012, foi sustentado por vários fatores, explicou o vice-presidente de Gestão Financeira do BB, Ivan de Souza Monteiro. Em 2013, a instituição financeira registrou o menor crescimento de despesa administrativa de toda a sua história. A liderança na carteira de crédito e a queda na inadimplência também ajudaram. "O banco foca nas linhas de menor risco: o [crédito] consignado, o CDC salário, imobiliário e veículos."

Para 2014, o Banco do Brasil espera a manutenção dos baixos índices de inadimplência registrados nos últimos anos. Bendine ressaltou que a situação persiste há seis ou sete anos e que "a tão decantada bolha ou problema que se poderia ter na qualidade da carteira não vem se cumprindo". Segundo ele, ao contrário, a qualidade na carteira do banco vem melhorando a cada ano. Em 2013, levando em conta as operações vencidas há mais de 90 dias, o percentual de inadimplência do banco ficou em 1,98%.

De acordo com Bendine, o Banco do Brasil tem um sistema avançado para o gerenciamento da inadimplência, que vem sendo seguido por outros bancos e a concorrência convergiu para esse modelo. Ele disse que o sistema do BB inclui a concentração em linhas de menor risco, ações mais proativas exercidas pela instituição para recuperação rápida do crédito e oferta de linhas mais adequadas às situações financeiras conforme a necessidade de cada cliente.

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