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Apesar de cenário, métricas foram cumpridas, diz Bradesco

Segundo presidente do Banco, mesmo com o cenário desafiador na economia brasileira, o Bradesco conseguiu cumprir as principais métricas traçadas


	De acordo com o executivo, o Bradesco priorizou a rentabilidade em um momento que é recomendável prudência
 (Egberto Nogueira/ Imafotogaleria)

De acordo com o executivo, o Bradesco priorizou a rentabilidade em um momento que é recomendável prudência (Egberto Nogueira/ Imafotogaleria)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2015 às 18h35.

São Paulo - Apesar do cenário desafiador na economia brasileira, que passa por um ponto de inflexão em termos de Produto Interno Bruto (PIB), emprego e renda, o Bradesco conseguiu cumprir as principais métricas traçadas no primeiro semestre deste ano, segundo o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco Cappi.

"O primeiro semestre e o ano estão sendo caracterizados por mudanças importantes na direção da economia. Gestão de risco foi a palavra chave para vencermos circunstâncias no semestre. A preocupação com controle de custos foi redobrada", afirmou ele, em teleconferência com a imprensa, na manhã desta quinta, 30.

De acordo com o executivo, o Bradesco priorizou a rentabilidade em um momento que é recomendável prudência. Afirmou ainda que a estratégia do banco é ampliar escala e presença.

"Escalabilidade é um diferencial competitivo e estratégico", destacou Trabuco.

O banco abriu nesta quinta, 30, a temporada de resultados dos grandes bancos ao anunciar lucro líquido contábil de R$ 4,473 bilhões no segundo trimestre deste ano, montante 18,4% superior ao mesmo período de 2014, de R$ 3,778 bilhões.

No conceito ajustado, cresceu 20,6% no semestre, para R$ 8,778 bilhões.

O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROE) recuou 0,4 pontos porcentuais de março para junho, alcançando 21,9%. Em um ano, subiu 1,2 p.p.

A carteira de crédito expandida do banco, que considera avais e fianças, alcançou R$ 463,406 bilhões ao final de junho, leve aumento de 0,02% sobre março, quando era de R$ 463,305 bilhões.

No comparativo anual, quando os empréstimos totalizaram R$ 435,231 bilhões, a expansão ficou em 6,5%.

"A atração do crédito cresceu em linha com o desempenho do PIB. Não vamos interromper nem desestimular canais de ofertas de crédito. O crédito vive de ciclos e os destaques têm sido imobiliário e consignado (com desconto em folha)", disse Trabuco.

Sobre a carteira de veículos, o executivo disse que o ciclo é de menor demanda neste segmento. Garantiu, porém, que a linha deve voltar a crescer, sem precisar uma data.

A carteira de crédito a veículos seguiu em queda, de 3,3% no trimestre e 8,2% em um ano, para R$ 23,166 bilhões.

Trabuco citou, durante a teleconferência, a parceria do Bradesco com a FCA Fiat Chrysler Automóveis Brasil (FCA Brasil) e o banco Fidis para ter exclusividade em financiamentos de marcas da fabricante.

A instituição espera ter uma carteira de R$ 2 bilhões em dois anos.

Brasil

Trabuco Cappi afirmou ainda que o Brasil é maior que um eventual ciclo negativo até mesmo porque já enfrentou momentos como o atual.

"Ciclos vão, ciclos vem, é a natureza da vida. O momento recomenda confiança, responsabilidade e esperança. Quando a economia voltar a crescer, os bancos vão financiar o crescimento brasileiro", destacou ele.

Na opinião de Trabuco, o ano de 2015 é de mudanças importantes na direção da economia brasileira.

"A economia está em fase de transição. Neste cenário, ter um sistema bancário sólido é fundamental", ressaltou o executivo.

Em relação a mais um aumento da inadimplência, o diretor Departamental do Bradesco, responsável pela área de Relações com o Mercado (DRM), Carlos Firetti, disse que a elevação no segundo trimestre foi pequena e que a carteira de crédito do banco continua de "muito boa qualidade, fruto".

O índice de inadimplência do Bradesco, que considera os atrasos acima de 90 dias, subiu pelo segundo trimestre consecutivo e atingiu 3,7% ao final de junho, 0,1 ponto porcentual acima do visto em março.

No comparativo anual, os calotes subiram 0,2 p.p. "A performance (da carteira de crédito) continuará relativamente boa", resumiu Firetti.

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