Homage: conheça essa marca de camisetas que começou como um hobby e hoje fatura US$ 50 milhões por ano (Imagem: Reprodução/LinkedIn)
Redatora
Publicado em 31 de julho de 2025 às 17h30.
Ryan Vesler sempre foi apaixonado por roupas esportivas vintage. Aos 13 anos, garimpava camisetas em brechós em busca de relíquias únicas. Anos depois, essa obsessão se tornaria o pilar de uma empresa com receita superior a US$ 50 milhões ao ano: a Homage.
Fundada em 2007 no porão da casa dos pais, a empresa é hoje uma marca consolidada. A Homage cresceu com investimentos próprios e apoio de nomes de celebridades como Ryan Reynolds, Jason Kelce e Kevin Durant.
As informações foram retiradas de CNBC Make It.
Vesler usou mais de US$ 10 mil, acumulados vendendo roupas vintage no eBay durante a faculdade, além do limite de seus cartões de crédito, para comprar camisetas em branco e estampar suas próprias criações.
Em 2008, fechou seu primeiro grande contrato de licenciamento com a Universidade de Ohio State — uma conquista que impulsionou a empresa para um novo patamar. Em 2009, o faturamento da Homage já ultrapassava US$ 1 milhão.
Com o crescimento da demanda, a Homage enfrentou um gargalo operacional. Faltavam funcionários, estoque e processos estruturados. Vesler respondeu com decisões financeiras estratégicas: reforçou a equipe, aumentou a produção e melhorou a gestão dos pedidos.
Essas medidas permitiram escalar o negócio com consistência. Em 2015, veio o contrato nacional com a NBA, a liga de basquete americana. Em 2016, LeBron James apareceu usando uma camiseta da marca, o que impulsionou a visibilidade e, consequentemente, as vendas.
A Homage tem hoje contratos com as principais ligas esportivas dos EUA — NBA, NFL, MLB, NHL — e marcas como Disney, WWE e Topps. A empresa também aposta na internacionalização, com produtos licenciados do clube britânico Wrexham A.F.C., coadministrado por Ryan Reynolds, que também é investidor da marca.
Esses acordos só foram possíveis graças a uma gestão financeira bem estruturada, que garantiu não só a sobrevivência da empresa nos primeiros anos, como também sua capacidade de negociar com grandes parceiros.
Apesar do crescimento acelerado, a Homage ainda é pequena frente a gigantes como Fanatics e Nike. O setor de vestuário esportivo deve movimentar mais de US$ 173 bilhões em 2025, segundo a McKinsey & Company.
Para Vesler, a aposta está na criatividade, mas com controle financeiro: novos produtos, projetos de expansão e até ideias ambiciosas como bares e hotéis temáticos da marca estão no radar. “Sem dizer ‘sim’ para ideias legais, nada disso existiria”, diz o CEO.
O caso de Ryan Vesler mostra, na prática, como a habilidade de lidar com finanças corporativas é essencial para transformar um projeto pessoal em um negócio escalável. Sua trajetória reforça a importância de saber alocar recursos, fazer apostas estratégicas e manter controle mesmo diante do crescimento acelerado.
Para profissionais que buscam alcançar novos patamares, entender de gestão financeira não é uma opção — é uma necessidade.
Por isso, a EXAME, em parceria com a Saint Paul Escola de Negócios, lançou o Pré-MBA em Finanças Corporativas — um treinamento criado para quem quer dominar a lógica dos números e utilizá-la como diferencial na trajetória profissional, por R$37,00.