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Apresentado por VOY SAÚDE

Novas regras para venda de Mounjaro e outros: entenda a mudança da Anvisa

Controle reforçado mira uso consciente de medicamentos para emagrecimento – e destaca modelos de cuidado contínuo para pacientes com sobrepeso

 (Tatsiana Volkava/Getty Images)

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Publicado em 26 de junho de 2025 às 09h57.

Nos últimos anos, o uso das chamadas “canetas emagrecedoras” — medicamentos injetáveis à base de análogos do hormônio GLP-1, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro — se consolidou como uma estratégia no combate à obesidade e ao sobrepeso. Com a aprovação do uso dessas substâncias para finalidades além do controle do diabetes tipo 2, a demanda por tratamentos com análogos a GLP-1 cresceu significativamente. De acordo com a IQVIA, as vendas desses remédios aumentaram mais de 600% entre 2018 e 2024.

Diante desse aumento expressivo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou uma nova regulamentação que passou a valer a partir de 23 de junho de 2025: os medicamentos da classe GLP-1 só poderão ser vendidos com retenção da prescrição médica nas farmácias.

Os análogos de GLP-1, uma categoria de tarja vermelha, imitam a ação do hormônio peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1, produzido pelo organismo de forma natural após as refeições. Entre suas funções, ele:

  • Atua no controle do apetite, enviando sinais de saciedade ao cérebro e reduzindo a vontade de comer
  • Aumenta a saciedade, retardando o esvaziamento gástrico e prolongando a sensação de estômago cheio após as refeições
  • Regula os níveis de glicose, evitando picos e quedas bruscas de açúcar no sangue, o que ajuda a reduzir episódios de fome intensa e melhora o controle do apetite

Essas funções contribuem tanto para o tratamento do diabetes tipo 2 quanto para a perda de peso em pessoas com obesidade ou sobrepeso quando prescritos por um profissional de saúde.

Segundo a agência, a mudança vem para garantir uma maior segurança à população. “O uso sem avaliação, prescrição e acompanhamento por profissionais habilitados, de acordo com as indicações autorizadas, pode aumentar os riscos e os potenciais danos à saúde”, diz o comunicado da Anvisa.

Mudanças na prática

A partir de agora, medicamentos que têm GLP-1 na sua composição só poderão ser comprados com retenção de receita. Mas essa não é a única mudança:

  • Receita em duas vias: assim como acontece com antibióticos, a farmácia deve ter uma via da receita
  • 90 dias de validade: além da retenção, as receitas para compra de "canetas emagrecedoras” passam a ter validade de 90 dias a partir da data de emissão. Após esse período, deve-se ser emita uma nova receita para a compra do medicamento
  • Cadastro no sistema da Anvisa: todas as compras desses medicamentos passam a ter a obrigatoriedade de ser registradas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC)

Profissionais do setor reforçam a importância da nova legislação. “Esses medicamentos têm eficácia comprovada na perda de peso, mas, embora pareçam, eles não são soluções milagrosas. São parte de um plano de tratamento que deve ser baseado em diretrizes e com acompanhamento multiprofissional. Os resultados satisfatórios e duradouros no tratamento da obesidade vão muito além da medicação e incluem mudança de hábitos alimentares, atividade física regular e apoio psicológico. O medicamento é um facilitador, mas não substitui o esforço na construção de um novo estilo de vida”, explica Lenyta Gomes, farmacêutica Ph.D. da Voy, plataforma de gerenciamento de saúde.

Mais opções e maior praticidade

A exigência de retenção da receita para compra de Ozempic, Mounjaro e similares pode representar uma oportunidade de modernização no acesso aos tratamentos para emagrecimento. Com a decisão da Anvisa, a avaliação médica se torna um pré-requisito obrigatório para quem busca medicamentos análogos ao GLP-1.

Para a Voy, além de aumentar a segurança para o paciente, a mudança abre caminho para que soluções digitais tornem o processo mais prático. “Embora a receita médica já fosse uma exigência formal, na prática era possível comprar esses medicamentos sem apresentar qualquer prescrição, o que podia levar ao uso incorreto e sem acompanhamento dos medicamentos. Com a nova regra, a avaliação médica passa a ser de fato obrigatória, e a tecnologia passa a desempenhar um papel central: ela facilita o acesso ao mesmo tempo que garante um processo mais seguro, sem a necessidade de deslocamentos ou longas esperas”, analisa Rodrigo Brunetti, Country Manager da Voy Saúde no Brasil.

A plataforma oferece acompanhamentos para perda de peso. Com atuação 100% online, ela gerencia todas as etapas do tratamento: do acesso à avaliação médica ao suporte na gestão da prescrição, incluindo a intermediação da compra dos medicamentos (quando prescritos) e entrega em casa. O tratamento, que também é feito com medicamentos da classe GLP-1 caso seja prescrito, também inclui suporte contínuo de uma equipe formada por endocrinologistas, nutricionistas e farmacêuticos credenciados.

“Fazemos a gestão do diagnóstico ao recebimento do medicamento em casa, garantindo um acompanhamento seguro do uso dos medicamentos pelos pacientes”, diz Brunetti. Segundo ele, todo o processo segue os protocolos clínicos e atende às exigências da Anvisa.

“O emagrecimento saudável depende de criar uma relação positiva com a comida e da construção de hábitos sustentáveis a longo prazo. O acompanhamento nutricional é essencial para garantir que a perda de peso ocorra com preservação da saúde, prevenção de deficiências nutricionais e adaptação da dieta à nova realidade do paciente”, destaca Renata Araujo, nutricionista Ph.D. parceira da Voy.

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