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Antes de emitir títulos, Aramco reporta lucro maior que o da Apple

Empresa foi classificada por agências em linha com a Arábia Saudita, o que significa que a economia lenta pesará sobre o custo de empréstimo da empresa

Saudi Aramco: gigante do petróelo prepara IPO para 2021 (Saudi Aramco/Divulgação)

Saudi Aramco: gigante do petróelo prepara IPO para 2021 (Saudi Aramco/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 1 de abril de 2019 às 14h50.

Dubai — A Saudi Aramco, maior produtora de petróleo do mundo, obteve lucro de 224 bilhões de dólares no ano passado, quase três vezes maior que o da Apple, apontaram números da estatal saudita divulgados nesta segunda-feira, 1º, antes do lançamento de seus títulos internacionais.

Antes relutante em divulgar suas finanças, a Aramco teve de revelá-las para obter um grau de recomendação público e iniciar a emissão de seus títulos internacionais.

Apesar do grande lucro, a gigante estatal do petróleo foi classificada por agências de crédito em linha com a Arábia Saudita, o que significa que a economia lenta do reino pesará sobre o custo de empréstimo da Aramco, conforme a empresa prepara sua estreia no mercado de títulos.

Os lucros da Aramco ultrapassam os da Apple, classificada pela "Forbes" como a principal empresa em termos de lucro no ano passado, quando registrou lucros normalizados de 81,1 bilhões de dólares.

O ministro da Energia saudita, Khalid al-Falih, disse mais cedo neste ano que a venda de títulos planejada pela Aramco levantaria cerca de 10 bilhões de dólares, mas fontes bancárias apontam que a transação pode ser maior.

O acordo de títulos planejado é a transação inaugural da Aramco em mercados internacionais. A empresa ainda planeja lançar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em 2021, com expectativa de gerar 100 bilhões de dólares, tendo adiado suas emissões de empréstimo, inicialmente previstas para 2018.

As agências de classificação de risco Fitch e Moody's deram à Aramco graus de recomendação A+ e A1, respectivamente, mas ambas disseram que sem as coações de classificação da Arábia Saudita, a empresa estaria em nível semelhante a petroleiras como Exxon Mobil, Chevron e Shell.

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