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Antes da renúncia, Graça manteve rotina normal na Petrobras

A ex-presidente da estatal trabalhou por todo o dia, por mais de dez horas, na sede da companhia, no centro do Rio de Janeiro.


	Graça Foster: ela manteve a rotina que marcou os seus 33 anos de atuação na empresa
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Graça Foster: ela manteve a rotina que marcou os seus 33 anos de atuação na empresa (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 07h45.

Rio - No dia em que comunicou ao mercado a sua saída da presidência da Petrobras, Graça Foster manteve a rotina que marcou os seus 33 anos de atuação na empresa.

Ela trabalhou por todo o dia, por mais de dez horas, na sede da companhia, no centro do Rio de Janeiro. Durante o expediente, assim como os demais diretores demissionários.

Graça se reuniu de manhã com o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, mas o assunto não foi divulgado.

Membro do Conselho de Administração da Petrobras, Coutinho aparece como uma das alternativas para a vaga deixada por Graça.

Apenas na noite de quinta-feira a Petrobras confirmou os nomes dos cinco diretores que renunciaram a seus cargos.

São eles: Almir Guilherme Barbassa, diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores; José Miranda Formigli, diretor de Exploração e Produção; José Carlos Cosenza, diretor de Abastecimento; José Alcides Santoro, diretor de Gás e Energia; e José Antônio de Figueiredo, diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais.

Mesmo os conselheiros da companhia, que se reunirão na sexta-feira, 6, foram informados das mudanças por meio do mesmo comunicado divulgado ao mercado financeiro.

Um curto comunicado interno informou a saída de Graça e dos diretores aos empregados da estatal, depois que o assunto já era amplamente debatido na imprensa.

Convite

Funcionários de carreira acreditam em um possível convite para os cargos diante da dificuldade de encontrar um executivo de mercado disposto a assumir a empresa em crise.

O temor de uma demissão em massa dos terceirizados, que havia tomado conta da companhia nos últimos dias, com o acirramento da crise financeira e institucional, perdeu força com a saída de Graça.

Até então, os terceirizados apostavam que, sem dinheiro, a Petrobras demitiria empregados não concursados. Mas a indefinição de quem assumirá a direção trouxe a esperança de que os empregos poderão ser mantidos. Também é incerto o futuro de Graça.

Engenheira química, de 61 anos, que iniciou a carreira na estatal nos anos 1980, ela terá a escolha de se aposentar ou de permanecer na empresa, em cargo técnico. O mesmo vale para os demais diretores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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