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ANP aprova plano da Petrobras para reduzir declínio de campo

Plano de Desenvolvimento do campo de Marlim, da Petrobras, tem o objetivo de reduzir o declínio da produção de petróleo


	Petrobras: Marlim enfrenta um declínio na extração, como outros na Bacia de Campos
 (Pedro Lobo/Bloomberg News/Bloomberg)

Petrobras: Marlim enfrenta um declínio na extração, como outros na Bacia de Campos (Pedro Lobo/Bloomberg News/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 16h42.

Rio de Janeiro - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou um novo Plano de Desenvolvimento do campo de Marlim, da Petrobras, com o objetivo de reduzir o declínio da produção de petróleo, disse nesta sexta-feira o diretor da autarquia Florival Carvalho.

Marlim é um dos principais campos produtores do país, mas enfrenta um declínio na extração, como outros na Bacia de Campos, a mais importante do país.

O documento, aprovado em reunião recente da ANP, é resultado de exigência feita pela agência que, preocupada com a redução da produção de petróleo na Bacia de Campos, determinou investimentos adicionais da estatal em algumas áreas.

Carvalho explicou que a ANP analisa os planos apresentados pela Petrobras para aumentar a produção de óleo, mas não determina qual o montante de investimentos necessários.

"A ANP analisa do ponto de vista de aumentar o aproveitamento do óleo, e eles vão os passar os investimentos que serão feitos", disse Florival, à Reuters.

Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente quanto deverá investir para a execução do plano para Marlim. Apesar de estar ampliando consideravelmente a produção nos campos mais novos do pré-sal, outras áreas em Campos têm segurado avanços mais expressivos na extração da Petrobras, o que deverá levar a estatal a investir mais também em áreas como Marlim.

No ano passado, a Petrobras teve outros dois planos de desenvolvimento na Bacia de Campos aprovados pela agência, nesse contexto: Roncador e Marlim Sul, segundo o diretor da autarquia.

EXIGÊNCIAS Junto com a aprovação do plano sobre Marlim, a ANP fez exigências para o campo. A Petrobras terá que apresentar o Plano de Revitalização de Marlim como um compromisso firme de execução, sob a forma de revisão do Plano de Desenvolvimento da concessão, até o fim do ano, atendendo determinações para alguns reservatórios.

As determinações da agência incluem intervenções técnicas para aumentar a produção, como injeção de água em poços, contemplar o aproveitamento de poços produtores com alta produção de água, instalação de novos equipamentos e avaliações de perfuração de novos poços.

Além disso, a empresa terá que investir na aquisição de novos dados geológicos sobre áreas de Marlim e também desenvolver estudos para a aplicação de outras intervenções.

A Bacia de Campos representou 75,6 por cento da produção nacional de petróleo, em maio deste ano, com média de 1,654 milhão de barris de petróleo por dia (bpd), queda 2,6 por cento na comparação com o mesmo período de 2012, quando representou 83 por cento da extração nacional, segundo a ANP.

Em maio deste ano, o Brasil produziu 2,189 milhões de bpd, com a Petrobras respondendo por 1,882 milhão de bpd, de acordo com dados do último boletim da ANP.

A produção de petróleo das áreas do pré-sal, por sua vez, que teve início apenas em 2008, já representa mais de 20 por cento de toda a extração do país, em grande parte nas mãos da Petrobras.

*Matéria atualizada às 16h42

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