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Anhanguera vai à Justiça para não pagar multa

Grupo vai ingressar com as medidas apesar do Cade ter reduzido de R$ 4 milhões para R$ 1,5 milhão o valor somado de duas multas aplicadas


	Sala de aula da Anhanguera, em São Paulo: multas tinham sido impostas em junho
 (Kiko Ferrite/EXAME.com)

Sala de aula da Anhanguera, em São Paulo: multas tinham sido impostas em junho (Kiko Ferrite/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 08h00.

Brasília - Apesar de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ter reduzido de R$ 4 milhões para R$ 1,5 milhão o valor somado de duas multas aplicadas ao Grupo Anhanguera Educacional, a companhia avisou que vai ingressar com as medidas cabíveis contra a decisão.

As multas tinham sido impostas em junho. No entanto, na quarta-feira, 4, o órgão decidiu reduzir o valor das penalidades por entender que a companhia “não agiu de má fé” na prestação de informações sobre as participações acionárias de Gabriel Rodrigues e à atuação de Angela Rodrigues nos órgãos de administração da empresa.

O órgão antitruste anunciou a redução de uma das multas de R$ 2 milhões para R$ 1 milhão e o outro valor de R$ 1 milhão para R$ 500 mil. Uma das multas diz respeito à prestação de informações erradas sobre a participação de Ângela Regina Rodrigues no comando do grupo, durante a tramitação do processo de aquisição da Novatec e do Instituto Grande ABC. A outra trata de informação inverídica a respeito da participação de Gabriel Rodrigues e sua família no Fundo de Educação para o Brasil (FEBR), controlador do grupo.

“A companhia reafirma que não houve, em nenhum momento, enganosidade ou omissão na prestação de informações e informa que pretende ingressar com as medidas cabíveis para contestar a decisão”, afirmou a Anhanguera.

Kroton

Nesta semana, o Cade também detectou problemas concorrenciais na fusão entre a Kroton e Anhanguera e recomendou que sejam aplicadas restrições à operação.Para o órgão, a união gera alta concentração em três municípios no segmento de ensino presencial e em 55 municípios na educação a distância - incluindo cursos oferecidos nacionalmente e os ofertados regionalmente.

Caberá ao Tribunal do Cade analisar a recomendação e julgar quais devem ser as restrições impostas às companhias. O Cade pode aplicá-las unilateralmente ou por meio de acordo com as empresas.

Se, ao final do processo, a operação for aprovada, a fusão resultará em uma gigante do setor com cerca de um milhão de alunos e valor de mercado de R$ 12 bilhões. A nova empresa terá aproximadamente 15% de todos os alunos de ensino superior do País e está sendo considerada no mercado a maior instituição privada de educação do mundo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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