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AngloGold Ashanti, empresa de 190 anos, anuncia investimento de R$ 1,1 bilhão no Brasil

Além do aporte, que será destinado para avanços tecnológicos e pesquisa mineral, a multinacional vendeu o casarão histórico onde começou a companhia para o SESI-MG

Marcelo Pereira, presidente da AngloGold Ashanti na América Latina, em discurso durante o evento de 190 anos da companhia  (AngloGold Ashanti /Divulgação)

Marcelo Pereira, presidente da AngloGold Ashanti na América Latina, em discurso durante o evento de 190 anos da companhia (AngloGold Ashanti /Divulgação)

Publicado em 25 de junho de 2024 às 15h34.

Última atualização em 25 de junho de 2024 às 20h40.

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A mineradora de ouro AngloGold Ashanti chega em 2024 aos seus 190 anos de atuação no Brasil. A empresa dá continuidade ao legado da “Saint John Del Rey Mining Company”, que iniciou suas atividades, em 1834, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Para celebrar mais uma década no mercado brasileiro, a companhia anunciou nesta terça (25) o aporte de R$ 1,1 bilhão em suas operações no Brasil e a entrega do imóvel da sede histórica da empresa para o SESI-MG.

“Nossos investimentos reforçam nosso compromisso com o futuro, em busca de resultados baseados sempre na sustentabilidade. Ao mesmo tempo, é muito simbólico fazer isto neste lugar que nos hospedou por tanto tempo e, agora, segue para o maior legado que pode existir: educação de qualidade para alunos de Nova Lima e região”, afirmou Marcelo Pereira, presidente da AngloGold Ashanti na América Latina.

No evento, estavam presentes Romeu Zema, governador de Minas Gerais, Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), e João Marcelo Dieguez, prefeito de Nova Lima.

O investimento de R$ 1,1 bilhão será destinado neste ano para operações no Brasil, como avanços tecnológicos, equipamentos e frotas, novas frentes de desenvolvimento de lavra e pesquisa mineral. Além disso, com o SESI em Nova Lima, a companhia busca impulsionar o ensino técnico de qualidade para os jovens da região.

“Voltar a ter uma escola do SESI em nossa cidade é uma excelente notícia para a população e está em linha com as nossas ações de qualificação técnica, profissional e de educação. Hoje temos escolas de tempo integral e bilíngue na cidade, além de termos a primeira escola pública de programação e robótica do Brasil. Tudo isso se soma na busca pela diversificação econômica do município”, diz o prefeito João Marcelo Dieguez que pontuou que a cidade de Nova Lima tem a mineração como propulsor econômico há quase dois séculos.

A doação do casarão para o Sesi-MG

O casarão histórico onde funcionava a sede administrativa da AngloGold Ashanti, no centro de Nova Lima, abrigará o complexo acadêmico SESI Nova Lima.

“O SESI tem atualmente 21.308 alunos matriculados, dentro das 39 unidades espalhadas por Minas Gerais. Os alunos estão em uma escola que impulsiona o seu protagonismo, com uma formação ética e de valores humanos. Além de proporcionar o desenvolvimento tecnológico e digital, que, de um jeito também divertido, os preparará para o futuro”, afirmou o Flávio Roscoe, presidente da FIEMG.

A nova escola terá capacidade de 1.200 vagas, compreendendo os ensinos Infantil, Fundamental I e II, e Ensino Médio. A instituição irá ainda adequar as demais instalações para ofertar, no tempo complementar da escola, aulas de dança, música e teatro do SESI Cultura. “Para a escola SESI Nova Lima foram investidos R$ 13,5 milhões. A expectativa é que as obras se iniciem ainda neste ano e a abertura da escola ocorra em 2026”, afirmou o presidente da FIEMG.

A origem e o impacto econômico da AngloGold Ashanti

O grupo AngloGold Ashanti tem sede em Londres, no Reino Unido, e atuação em nove países, com 10 operações. Empresa de capital aberto, suas ações são negociadas nas Bolsas de Valores de Nova Iorque (Estados Unidos), Joanesburgo (África do Sul) e Gana. No Brasil, a empresa possui minas e plantas metalúrgicas e de beneficiamento nos estados de Minas Gerais e Goiás.

Em 2023, a produção de ouro da AngloGold no Brasil foi de 338 mil Oz (10,5 tons). Com cerca de 8,3 mil empregados diretos e indiretos, as operações brasileiras respondem por cerca de 13% da produção global de ouro do grupo.

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