"Se a proposta for aprovada, vamos analisar a capacidade do grupo de aportar capital (nas distribuidoras)", informou o diretor da Aneel André Pepitone da Nóbrega, citando, em seguida, a previsão da Energisa de que serão necessários investimentos de R$ 1,1 bilhão (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2013 às 15h30.
São Paulo - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está no aguardo de uma resolução do juiz da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca de São Paulo, a respeito do plano de recuperação do Grupo Rede, para definir o futuro das oito distribuidoras de energia da holding.
Caso o plano seja aprovado, a Aneel analisará, posteriormente, as condições da Energisa de assumir os ativos do Rede e viabilizar os investimentos considerados necessários para as operações das distribuidoras.
"Se a proposta for aprovada, vamos analisar a capacidade do grupo de aportar capital (nas distribuidoras)", informou o diretor da Aneel André Pepitone da Nóbrega, citando, em seguida, a previsão da Energisa de que serão necessários investimentos de R$ 1,1 bilhão.
"Se for rejeitada e se for declarada a falência de distribuidoras, a Aneel extingue a concessão e promove um novo processo licitatório para encontrar um novo acionista", complementou.
Pepitone destacou que a Aneel pode, em qualquer cenário, prorrogar o prazo de intervenção das distribuidoras por 24 meses. "Mas os fatos não estão conduzindo para esta direção", afirmou o diretor, minutos após a conclusão do segundo leilão de transmissão deste ano, feito pela Aneel nesta sexta-feira, 12, na capital paulista. O prazo de intervenção da Aneel nas distribuidoras do Rede se encerra no fim de agosto.
O representante da agência destacou também que o principal problema das distribuidoras do Rede não está na questão operacional, mas na capacidade de as empresas realizarem novos investimentos. "As informações dos interventores dão conta de que são equipes qualificadas e comprometidas com as empresas", ressaltou. Ele também lembrou que as operações das quatro distribuidoras controladas pela Energisa, cuja proposta foi aprovada pelos credores do Rede, apresentam padrões de qualidade de serviço considerados satisfatórios.