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Anbima prevê mais fusões e aquisições no 2º semestre

No primeiro semestre de 2012, o volume financeiro de fusões e aquisições foi o mais baixo desde 2007


	Notas: os anúncios de fusões e aquisições somaram R$ 52,6 bilhões no primeiro semestre de 2012, com um total de 69 operações,
 (Germano Lüders/Você S/A)

Notas: os anúncios de fusões e aquisições somaram R$ 52,6 bilhões no primeiro semestre de 2012, com um total de 69 operações, (Germano Lüders/Você S/A)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2012 às 14h27.

São Paulo - Embora o volume financeiro de fusões e aquisições do primeiro semestre tenha sido o mais baixo desde 2007, o Brasil obteve o segundo maior montante de operações entre países emergentes, superado apenas pela China, disse o presidente do Subcomitê de Fusões e Aquisições da Anbima, Bruno Amaral.

Ele ressaltou também que, em termos de número de operações, o primeiro semestre do ano foi melhor do que os anos de 2009, 2008 e 2007, sugerindo recuperação dos volumes no segundo semestre, destacando a possibilidade de setores não representativos, como os de educação, saúde, varejo, agronegócio e imobiliário, entrarem em evidência. Segundo Amaral, a atividade nos próximos trimestres deve ficar mais em linha com o que se observou no segundo trimestre.

Os anúncios de fusões e aquisições somaram R$ 52,6 bilhões no primeiro semestre de 2012, com um total de 69 operações, registrando queda de 36,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme o boletim de Fusões e Aquisições divulgado nesta quarta-feira pela Anbima. Em número de operações, a queda foi de 18,8%. No primeiro semestre de 2011, foram anunciadas 85 operações. O volume das operações no segundo trimestre mais que dobrou em relação ao primeiro trimestre, para R$ 36,4 bilhões, resultantes de 39 operações. No primeiro trimestre, foram realizadas 30 operações, somando R$ 16,2 bilhões.

De acordo com Amaral, a desaceleração acompanha uma queda na atividade de fusão e aquisição globalmente no primeiro semestre, em consequência das incertezas econômicas, que pesaram principalmente no apetite por essas transações nos primeiros três meses do ano. No Brasil, o crescimento mais baixo do que o esperado da economia nos primeiros seis meses e as mudanças nas regras para análise dos processos pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também influenciaram.

Desde o final de maio, o Cade exige que as companhias apresentem as operações de fusões e aquisições antes de fechar negócios e não mais posteriormente, como no modelo antigo. Amaral acredita, no entanto, que a mudança foi absorvida e o novo procedimento funciona bem.

Segundo semestre

Amaral espera recuperação nos volumes de fusões e aquisições no segundo semestre, com transporte e logística novamente em evidência diante da atenção que o governo tem dado ao setor. Mesmo assim, ele prevê que a representatividade do segmento no total das operações será um pouco menor do que no primeiro semestre, quando atingiu 31,5%, fatia mais elevada desde 2007. No segmento, foram feitas R$ 16,57 bilhões em operações.


Amaral acredita que setores como financeiro, telecomunicações, mineração, siderurgia e metalurgia devem recuperar representatividade nos próximos trimestres, já que nos primeiros seis meses do ano a participação de cada um no volume total ficou abaixo das médias históricas.

No primeiro semestre, o setor financeiro representou 0,5% do total das fusões e aquisições; os setores de tecnologia e telecomunicação, 0,9%; o setor de mineração, 1,5%; e os setores de siderurgia e metalurgia, 2,6%.

O representante da Anbima salientou que os setores de educação, saúde, varejo, agronegócio e imobiliário, relacionados à economia local, devem entrar em evidência. "Mesmo que em termos de volume, a representatividade seja baixa, o número de operações é comparativamente maior, mostrando potencial de ganharem maior importância em termos de volumes financeiros no futuro."

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