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Anatel indaga conselho da Oi por rumor de demissão de diretoria

O recado dado aos representantes do conselho é de que a Anatel vai intervir na empresa se a demissão de executivos, como o presidente, se confirmar

Oi: um dos principais acionistas descartou a hipótese de destituição e classificou a informação como "boataria" (Facebook/Oi/Reprodução)

Oi: um dos principais acionistas descartou a hipótese de destituição e classificou a informação como "boataria" (Facebook/Oi/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 26 de outubro de 2017 às 16h56.

Brasília - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) convocou representantes do conselho de administração da Oi para prestarem nesta quinta-feira esclarecimentos a respeito de rumores que chegaram à autarquia sobre eventual demissão da diretoria executiva da operadora em recuperação judicial, disse uma fonte do governo a par do assunto.

O recado que foi dado aos representantes do conselho da Oi é que a Anatel vai intervir na empresa se a demissão de executivos, como o presidente Marco Schroeder, se confirmar nos próximos dias.

Procurado, o empresário Nelson Tanure, um dos principais acionistas da Oi, com assento no conselho de administração, descartou a hipótese de destituição da diretoria da operadora, classificando a informação, por meio de sua assessoria de imprensa, como "boataria".

O empresário, por meio do fundo Société Mondiale, tem 6,5 por cento das ações ordinárias da Oi e tem sido criticado por detentores de títulos da operadora por tentar evitar um maior nível de diluição dos atuais acionistas da companhia no plano de recuperação judicial.

O maior acionista da Oi é o grupo português Pharol, que tem 27,5 por cento das ONs da operadora e é oriundo da fracassada fusão da operadora com a Portugal Telecom.

Representantes da Anatel e da Oi não comentaram o assunto.

Segundo duas fontes a par das negociações, o governo federal tem se alinhado politicamente à diretoria da Oi para buscar uma solução para a companhia que seja aceita pelos credores e garanta sustentabilidade da operadora.

No início deste mês, o diretor financeiro da Oi Ricardo Malavazi renunciou, algo que foi atribuído por Schroeder a um aumento na pressão sobre a diretoria, que está no meio do fogo cruzado entre acionistas representados no conselho da operadora e detentores de títulos da Oi.

Na ocasião, o presidente da Anatel, Juarez Quadros, afirmou que a renuncia de Malavazi era preocupante e agravava a situação da operadora na autarquia, que avalia desde o final de agosto possibilidade de abrir processo para cassar as concessões e autorizações para prestação de serviços da empresa.

A Oi apresentou em 11 de outubro um plano de recuperação judicial que acabou sendo criticado por credores que cobram uma maior diluição de atuais acionistas da empresa ante nível de 25 por cento definido na proposta. A assembleia de credores da operadora foi remarcada nesta semana para 10 de novembro.

Reunião do conselho de administração da operadora na quarta-feira terminou sem acordo sobre propostas para integrar um plano alternativo de recuperação. Enquanto isso, o governo espera ter até sexta-feira uma minuta para propostas a serem apresentadas aos credores, disseram à Reuters, na terça-feira, duas fontes do governo com conhecimento do assunto.

Às 16:18, as ações ordinárias da Oi exibiam queda de 2,7 por cento. O papel não faz parte do Ibovespa, que tinha baixa de 0,6 por cento no horário.

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