Goldman Sachs: agilidade para investir no Facebook (Arquivo/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2011 às 09h34.
Nova York - O banco Goldman Sachs não está dando aos seus clientes multimilionários muito tempo ou informação para que reflitam sobre uma oferta privada de 1,5 bilhão de dólares em ações do Facebook.
De acordo com um cliente que recebeu uma carta do banco, os clientes têm apenas até o final da semana para decidir se desejam investir na gigante das redes sociais.
O maior banco de investimento do mundo esta semana anunciou investimento de 475 milhões de dólares no Facebook, e iniciou planos para levantar até 1,5 bilhão de dólares adicionais por meio de um veículo de investimento especial direcionado a seus clientes pessoa física de gestão de patrimônio. A transação avalia o Facebook em 50 bilhões de dólares.
Uma vez que o banco controla uma das mais quentes oportunidades de investimento disponíveis, o Goldman deu pouco tempo aos clientes para tomarem uma decisão. Os clientes que receberam o email do banco no domingo tiveram de assinar um acordo de confidencialidade.
O memorando de investimento privado, que oferece informações financeiras detalhadas sobre a empresa e os termos de investimento, ainda não estava em circulação, até a tarde de terça-feira, disseram dois clientes à Reuters. A expectativa é de que o investimento mínimo seja de 2 milhões de dólares.
Tanto o investimento mínimo quanto o prazo limite podem estar sujeitos a mudanças, disseram os investidores. O Goldman preferiu não comentar.
Uma carta posterior do banco, recebida pela maioria dos clientes na segunda-feira, continha pouca informação sobre o Facebook, excetuadas estatísticas quanto a número de visitantes que se comparam favoravelmente às do Google, outro dos gigantes da Internet, que abriu seu capital em 2004.
A oferta de ações do Facebook pelo Goldman, por meio de um veículo especial cujo nome ainda não foi divulgado, vem sendo observada com atenção em Wall Street porque pode preparar o terreno para outras empresas de capital privado que desejam levantar capital mas sem os incômodos e despesas de ações publicamente negociadas.