Lojas Americanas no Shopping Iguatemi, em São Paulo
Tatiana Vaz
Publicado em 10 de janeiro de 2011 às 16h36.
São Paulo – A Lojas Americanas negou hoje (10/01) que pretende incorporar a sua controlada B2W por meio de compra de ações e fechamento do capital da empresa no mercado. De acordo com a companhia, nenhum estudo ou plano está sendo traçado neste sentido.
A rede varejista possui 54,94% do capital da B2W, uma das principais empresas de comércio eletrônico do país, resultado da fusão do Submarino com a Americanas.com. Se apostasse na compra das ações da controlada, a empresa teria de desembolsar cerca de 1,7 bilhão de reais.
A iniciativa só seria possível graças à expiração do acordo, estabelecido em 2006, na época da aquisição da empresa, que impedia a Lojas Americanas de comprar mais de 10% das ações da B2W no mercado por quatro anos.
“Não há estudo em andamento ou decisão relativamente a operação, apesar de sempre estarmos analisando a possibilidade de aumentar a eficiência de sua estrutura empresarial”, afirmou a empresa em comunicado.
Vantagens da operação
Além de possíveis ganhos de sinergia com redução de custos e um único corpo diretivo, a incorporação dos negócios renderia também um aumento da eficiência operacional para a Lojas Americanas, segundo José Roberto Martins, consultor de varejo da Global Brands. Isso porque a iniciativa facilitaria a troca de experiências entre varejo convencional e online das companhias.
“Com o ajuste, a Lojas Americanas melhoraria a maneira de fazer negócios pela internet, já que contaria com a credibilidade da B2W na área de logística e variedade de ofertas”, afirma Martins. “A companhia ainda estaria próxima dos consumidores por meio das suas lojas físicas, mesmo se focasse apenas nas de menor tamanho, as chamadas Express”.