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American Airlines e US Airways defendem fusão

O acordo deverá criar a maior companhia aérea do mundo e US$ 1 bilhão em economia de custos


	American Airlines e US Airways Group: o valor de mercado da nova empresa deve chegar a cerca de US$ 11 bilhões
 (Tom Pennington/Getty Images)

American Airlines e US Airways Group: o valor de mercado da nova empresa deve chegar a cerca de US$ 11 bilhões (Tom Pennington/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 06h18.

Washington - Os executivos da American Airlines e do US Airways Group defenderam nesta terça-feira a planejada fusão entre as duas empresas contra alegações de que ela poderia levar a tarifas mais altas, menos rotas regionais e diminuição da concorrência.

"O que estamos tentando fazer aqui é oferecer mais aos nossos clientes", disse Douglas Parker, presidente e executivo-chefe do US Airways Group, em uma audiência do Comitê Judiciário do Senado sobre a fusão. "Nós não temos a capacidade de chegar a tantos lugares quanto alguns dos nossos maiores concorrentes. Juntos, nós temos."

A audiência ocorreu um mês depois da AMR Corp e o US Airways Group anunciarem que planejavam a fusão, um acordo que deverá criar a maior companhia aérea do mundo e US$ 1 bilhão em economia de custos.

O valor de mercado da nova empresa deve chegar a cerca de US$ 11 bilhões. O acordo, que tirará a AMR do processo de falência apresentado em 2011, pode ter o nome de American Airlines Group e está sujeito à decisão da corte de falências e aprovação regulamentar.

"Não há substituição para a competição", disse William McGee da União dos Consumidores. "Uma fusão dessa magnitude pode mudar radicalmente a estrutura do mercado e alterar drasticamente os centros de lucros para longe dos preços baixos."

O grupo do Senado questionou os executivos de companhias aéreas sobre os aumentos das tarifas, cancelamentos de rotas para os mercados de pequeno e médio porte e de como a expansão global afetará voos domésticos.


"Servir todas as áreas metropolitanas e cidades de médio e pequeno porte é mais importante do que nunca, mas temos visto um serviço reduzido", disse o senador Amy Klobuchar, democrata de Minnesota e presidente do painel antitruste que conduziu a audiência. "Nós apreciamos as metas estabelecidas aqui que prometem redes complementares de voo, aumento da eficiência e oferecimento de mais opções, mas os consumidores têm o direito de ser céticos."

Parker, que deve ser executivo-chefe da nova companhia, e Thomas Horton, CEO da American Airlines e de controladora AMR Corp, disseram aos senadores que as rotas não serão interrompidas, a concorrência será mais forte e não eliminada. Além disso, declararam que a fusão lhes permitiria expandir globalmente.

Atualmente, as duas companhias se sobrepõem em 12 das mais de 900 rotas.

Os senadores também pressionaram os executivos sobre a capacidade de aérea dos aeroportos de Washington. A nova empresa teria cerca de 70% das vagas disponíveis no Reagan National Airport, disse o senador Michael Lee, republicano de Utah, o que os reguladores poderiam ver como uma questão de competição.

Parker disse que não sugerirá vender qualquer uma das posições, porque elas são importantes conexões. Caso as posições sejam vendidas para outras companhias aéreas, elas não deverão ser usadas para voos regionais, porque isso não é tão rentável, disse Parker.

Diana Moss, vice-presidente do Instituto Americano de Defesa da Concorrência, que estuda a indústria da aviação, disse que as análises de fusões anteriores indicam que os aumentos de tarifas devem ser uma realidade e as operadoras podem direcionar o tráfego para centros maiores em vez de voos diretos regionais.

"Nós temos de informar o que se passa neste caso, com o que se ocorreu no passado", disse Moss. As informações são da Dow Jones.

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