Negócios

América Móvil prevê mais 3 milhões de clientes de TV paga

A empresa tem um total de 10 milhões de consumidores e, entre eles, 4,5 milhões compram pacotes triplos, com internet, telefonia e televisão

A companhia é de Carlos Slim, o homem mais rico do mundo segundo a Forbes (Brendan Smialowski/Getty Images)

A companhia é de Carlos Slim, o homem mais rico do mundo segundo a Forbes (Brendan Smialowski/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 14h34.

Cidade do México - A América Móvil estima que vai ampliar em 3 milhões o número de clientes de sua base de TV paga na América Latina até o final do ano, disse Oscar Von Hauske, presidente das operações de telefonia fixa do grupo.

A América Móvil opera serviços de telecomunicações na maior parte dos países latino-americanos e no Brasil controla a operadora de telefonia móvel Claro.

"Estamos crescendo em ritmo de cerca de 250 mil novos clientes ao mês", disse Von Hauske a jornalistas. A empresa tem 10 milhões de clientes de TV paga na América Latina, acrescentou.

Desse universo, 4,5 milhões de usuários têm pacotes triplos, combinando Internet, telefonia e televisão. Outros 20 por cento utilizam dois dos três serviços, e os demais apenas um deles, disse.

O controladora da América Móvil, o magnata mexicano Carlos Slim, que a revista Forbes deste mês colocou no topo do ranking dos mais ricos do mundo pelo segundo ano consecutivo, está envolvido em uma disputa amarga com as redes de TV e as operadoras de TV a cabo mexicanas, que estão todas disputando os mesmos mercados.

O empresário não foi autorizado pelo governo mexicano a oferecer serviços de TV no México, um dos maiores mercados da região, porque as autoridades estão preocupadas com a possibilidade de que a força de sua empresa prejudique os concorrentes existentes no setor.

A Telefonos de Mexico, operadora de linhas fixas controlada por Slim, tem um acordo de parceria de cobrança com a DISH Mexico, uma operadora de TV via satélite. O acordo está sob ataque, porque os rivais o veem como veículo para que Slim ingresse no mercado de televisão.

Arturo Elias Ayub, assessor e porta-voz de Slim, declarou na terça-feira que o acordo com a DISH ajudava a Telmex a compensar parcialmente a ausência de receitas televisivas, enquanto a empresa aguarda autorização para operar naquele mercado, mas não quis detalhar o quanto a DISH Mexico paga à Telmex pelos serviços de cobrança fornecidos.


"Estamos sempre abertos à possibilidade de acordos. Minha esperança é que, no contexto de um acordo, possamos passar a operar televisão", disse Elias Ayub. "Nosso interesse é a TV paga. Mas não descartamos a TV aberta. Também é uma opção.

"As companhias de cabo no México e as duas emissoras de televisão do país, Televisa e TV Azteca, que há poucos anos começaram a oferecer serviços de telefonia, exigem que Slim reduza tarifa cobrada para interconexão de chamadas fixas de grupos rivais com números móveis da América Móvil.

A briga levou Slim a retirar todos os anúncios de suas empresas da Televisa e a TV Azteca não permite publicidade de Slim a menos que a América Móvil reduza as tarifas de interconexão.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaAmérica MóvilCarlos SlimClaroEmpresáriosEmpresasEmpresas mexicanasPersonalidadesTelecomunicaçõesTelmex

Mais de Negócios

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida

Toyota investe R$ 160 milhões em novo centro de distribuição logístico e amplia operação