ESG

Ambev vai fornecer energia solar para bares e restaurantes

Cervejaria firma parceria com parques solares de Minas Gerais e vai disponibilizar energia limpa a cerca de 30 mil estabelecimentos no estado

Os bares de Belo Horizonte, Uberaba e Uberlândia pode se cadastrar na plataforma da Ambev para receberem energia solar, com desconto de 15% na conta de luz (Jean-Paul Pelissier/Reuters)

Os bares de Belo Horizonte, Uberaba e Uberlândia pode se cadastrar na plataforma da Ambev para receberem energia solar, com desconto de 15% na conta de luz (Jean-Paul Pelissier/Reuters)

RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 22 de julho de 2020 às 14h45.

Última atualização em 23 de julho de 2020 às 13h49.

A cervejaria Ambev firmou parcerias com uma série de parques solares de Minas Gerais para fornecer energia limpa a bares e restaurantes. A empresa desenvolveu uma plataforma para conectar as fazendas solares aos estabelecimentos, gratuitamente. A energia limpa chega normalmente pela rede da distribuidora local. 

O projeto piloto já está sendo implementado nas cidades de Belo Horizonte, Uberaba e Uberlândia. A expectativa é beneficiar até 30 mil bares e restaurantes. Para aderir, o estabelecimento deve se cadastrar na plataforma digital e esperar a conta chegar normalmente, já com desconto. A economia é de até 15%. 

Qualquer bar pode participar do projeto nas cidades já atendidas. Neste ano, a Ambev pretende expandir o programa para todo o estado de Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Maranhão e para o Distrito Federal.  “O gasto com energia elétrica é um dos mais representativos dentro desses estabelecimentos, que utilizam freezer, geladeira e outros equipamentos que tem alto consumo de energia e são essenciais para a atividade”, explica Renan Gaiad, gerente de sustentabilidade e suprimentos da Ambev.

Energia solar triplica no Brasil 

A geração de energia solar, embora represente menos de 2% da matriz elétrica brasileira, vem crescendo este ano. Os painéis  instalados nos telhados de residências e empresas atingiram 3 GW de potência instalada no país, o suficiente para abastecer 1,2 milhão de casas, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). 

Esse tipo de geração triplicou no Brasil, nos últimos 12 meses, e cresceu 45% nos últimos seis, apesar da pandemia. Existem, atualmente, 255.000 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, que abastecem 319.000 unidades consumidoras, como são denominadas as ligações de energia feitas pelas distribuidoras. Ao todo, os brasileiros investiram mais de 15 bilhões de reais em energia solar. 

Projetos residenciais respondem por sete em cada dez instalações de painéis solares no país. Em termos de potência instalada, no entanto, as empresas de comércio e serviços estão na frente, com 39,5% da capacidade total.

A possibilidade de economizar na conta de luz é o principal atrativo dos sistemas fotovoltaicos. Segundo Bárbara Rubim, CEO da consultoria Bright Strategies, em tempos de pandemia, a energia solar ganhou um novo aspecto econômico ao atuar como redutor de gastos fixos de comércios e outros estabelecimentos. “Um ponto de destaque é a maior previsibilidade que o consumidor adquire quando decide migrar para a geração solar, pois passa a ficar blindado dos impactos das políticas tarifárias”, afirma Rubim.

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