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Ambev: o gigante acordou, diz Credit Suisse

Para todo o mercado de cervejas, o terceiro trimestre deve ser o mais forte da história recente para o Brasil e a Ambev deve ser a empresa mais beneficiada

A Ambev deve divulgar um crescimento de 14% no volume de cerveja no terceiro trimestre do ano, acredita o Credit Suisse.  (Paulo Fridman/Corbis/Getty Images)

A Ambev deve divulgar um crescimento de 14% no volume de cerveja no terceiro trimestre do ano, acredita o Credit Suisse.  (Paulo Fridman/Corbis/Getty Images)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 8 de outubro de 2020 às 08h00.

Última atualização em 8 de outubro de 2020 às 09h12.

A Ambev divulga seus resultados trimestrais apenas no final do mês, mas investidores e analistas já estão animados com os números. A empresa deve divulgar um crescimento de 14% no volume de cerveja vendido no terceiro trimestre do ano, acredita o Credit Suisse. 

"Incorporada em um cenário de estímulo fraco para o consumo, acreditamos que a performance das vendas de cerveja tem sido promovida pela execução de vendas firme da companhia, beneficiada pelo cenário competitivo mais favorável, reabertura local e prováveis ventos favoráveis na defasagem em um curto espaço de tempo na precificação feita depois da Heineken", escreve o banco em relatório. 

Em setembro, a Heineken anunciou um aumento de preço de suas bebidas no Brasil por conta da desvalorização do real perante o dólar, o que encarece os custos de produção da bebida. A Ambev também aumentou o preço de suas bebidas pouco depois.

Para a fabricante brasileira, os preços das cervejas devem se manter estáveis, com queda de apenas 1%, segundo cálculos do banco, e os efeitos dos aumentos de preço devem ser vistos apenas no último trimestre do ano. O banco também acredita que a margem ebitda, um índice usado para medir a rentabilidade de uma empresa, deve aumentar para 34,9% nessa categoria.

 

Trimestre histórico

Para todo o mercado de cervejas, o terceiro trimestre deve ser o mais forte da história recente para o Brasil, com aumento na produção de 20% em agosto, seguidos de meses fortes, com alta de 23% em julho e de 15% em junho.

A cerveja é, de longe, a bebida alcoólica mais consumida no Brasil, representando 90% das vendas em litros.  “(Esse aumento na produção) suporta nossa visão de que a indústria da cerveja vai ser surpreendentemente positiva em mercados emergentes”, diz o Credit Suisse em um relatório anterior.

A tendência de crescimento não se aplica apenas às cervejas e também chega às bebidas não alcoólicas. O volume de vendas nessa categoria deve crescer 3% na Ambev, revertendo uma tendência de queda dos últimos trimestres. Para o banco, o principal motor dessa categoria são as bebidas com embalagem individual, o que pode aumentar a margem ebitda de 17,8% para 29,3% nesse segmento. 

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    Expectativas

    De maneira geral, o banco espera que o volume vendido cresça cerca de 5%, com alta na receita de 15% e 2% de ganho na margem ebitda, para 32,8%. Para o CS, o preço-alvo da ação é de 18 reais. Atualmente, o preço da ação é de 13,56 reais, dando à fabricante brasileira um valor de mercado de 209,9 bilhões de reais. O valor de hoje ainda está distante do preço do início do ano, de 19 reais. 

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