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Amazon terá dificuldades para crescer no Brasil, diz CEO do Magazine Luiza

Amazon se reuniu com fabricantes de eletrônicos, perfumaria e outros para negociar compra direta e se encarregar da entrega de mercadorias no Brasil

Magazine Luiza: notícias de atuação mais intensa da Amazon no Brasil têm provocado forte volatilidade nas ações da empresas doméstica de varejo (Germando Luders/Exame)

Magazine Luiza: notícias de atuação mais intensa da Amazon no Brasil têm provocado forte volatilidade nas ações da empresas doméstica de varejo (Germando Luders/Exame)

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Reuters

Publicado em 10 de abril de 2018 às 15h27.

São Paulo - A gigante norte-americana de comércio eletrônico Amazon terá dificuldades para crescer no Brasil na mesma velocidade que tem feito em outros mercados, dadas algumas especificidades do país, disse nesta terça-feira o presidente-executivo do Magazine Luiza, Frederico Trajano.

"A Amazon terá dificuldades para crescer no Brasil pelo fato da realidade do país ser diferente do mercado no exterior", afirmou Trajano, durante evento do Itaú Unibanco.

"Existem três jabuticabas brasileiras que são barreiras à atuação de empresas de e-commerce internacionais no Brasil: a infraestrutura logística, a estrutura tributária e o custo de capital", acrescentou Trajano.

A Amazon se tornou em março a segunda empresa norte-americana na bolsa de maior valor de mercado, superando o Google, da Alphabet. As ações da gigante de comércio eletrônico subiram cerca de 80 por cento no último ano, na esteira de crescentes compras online e enquanto empresas transferem operações de computação para a nuvem, mercado que a Amazon lidera.

Recentes notícias de uma atuação mais intensa da Amazon no Brasil têm provocado forte volatilidade nas ações de empresas domésticas de varejo, inclusive do próprio Magazine Luiza.

Em março, a Reuters antecipou que a Amazon se reuniu com fabricantes de eletrônicos, perfumaria e outros produtos para negociar a compra direta de mercadorias e se encarregar da armazenagem e entrega delas no Brasil.

Para Trajano, no entanto, questões como logística devem criar desafios para o grupo norte-americano no país. "É uma realidade muito diferente das empresas que prosperam lá fora", disse o executivo.

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