Centro de distribuição da Amazon, em Cajamar (SP): vendas online ampliam a concorrência para o atacarejo (Leandro Fonseca/Exame)
Mais uma edição do Amazon Prime Day chegou ao fim e, com ela, a certeza de que nem mesmo a retomada do varejo presencial pôde abalar as vendas no maior evento de ofertas de uma das principais líderes do e-commerce global.
Pela terceira vez no Brasil, o Prime Day, que aconteceu nos dia 12 e 13 julho, colocou o país em posição de destaque frente a outras economias que também celebram a data, além de ser a melhor edição até o momento. Por aqui, a média de crescimento de vendas ante 2021 foi de 2,1 vezes. Globalmente, as vendas durante o Prime Day ultrapassam US$ 1,7 bilhão.
“Sem dúvida essa edição foi um grande sucesso”, disse Daniel Mazini, presidente da Amazon no Brasil. De acordo com o executivo, o evento gera mais vendas do que a própria Black Friday, data que costuma movimentar todo o varejo com descontos agressivos durante o mês de novembro. “O Prime Day já é marca registrada com os nossos consumidores. Eles esperam por ele e percebem valor nas condições de compras que criamos”.
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Mazini afirma que, somente no primeiro dia do Prime Day, as vendas superaram em mais de 80% a última Black Friday na Amazon.
Pela primeira vez, as vendas feitas por lojistas parceiros e revendedores superaram o volume de vendas de varejo da própria Amazon. Os pequenos e médios varejistas. Em todo o mundo, membros Prime compraram mais de US$3 bilhões em mais de 100 milhões de itens de pequenas e médias empresas.
De olho na tendência que prioriza a compra de itens de pequenos negócios, a divisão brasileira da Amazon decidiu estender sua vertical de apoio ao empreendedorismo. Em sua loja “Apoie Pequenos Negócios”, que seleciona produtos de pequenos lojistas, 15% das vendas foram destinadas para a Central Única das Favelas (CUFA), organização social presente em mais de 5.000 comunidades pelo país.
É um resultado que vem, em boa medida, graças aos novos aparatos à disposição dos lojistas que vendem pela Amazon. Recentemente a empresa fez alguns incrementos no Fulfillment by Amazon, seu programa de logística para vendedores. Entre as vantagens estão os serviços de armazenamento de estoque, transporte e logística reversa — todos à cargo da Amazon.
Segundo Mazini, a busca de consumidores por itens comercializados por pequenos comerciantes, algo que ganhou força durante a pandemia, junto aos esforços internos por melhorias operacionais para esses lojistas justificam o crescimento. “Era uma aposta vermos os primeiros resultados já nesta edição”, diz.
Da porta para dentro, o principal evento de vendas também mobilizou as frentes operacionais e de marketing. Para o Prime Day 2022, a Amazon contratou algo como 6.000 funcionários temporários para dar mais vazão e agilidade aos centros de distribuição da empresa. Já do lado de marketing, o destaque está em um planejamento que começou há meses e que, entre outras coisas, repercutiu na incursão das propagandas na internet e TV aberta, além da associação com influenciadores digitais.
Em um estúdio instalado na Avenida Paulista, por exemplo, criadores de conteúdo compartilharam os produtos em promoção e condições de compra para usuários Prime durante transmissões ao vivo. Segundo a Amazon, os videos tiveram mais de 1.7 milhão de visualizações.
“Vamos continuar inventando maneiras de fazer os clientes participarem da data, e maneiras de recomendar os produtos mais legais de cada edição com criatividade”, diz.
Entre as principais categorias de produtos mais compradas pelos membros Prime no Brasil, estão os dispositivos Amazon, eletrônicos, itens de cuidados pessoais e limpeza, alimentos e bebidas e casa inteligente. Veja, abaixo, a lista com os itens mais populares desta edição:
Dispositivos Amazon
Eletrônicos
Livros e eBooks
Itens de consumo
Brinquedos e Entretenimento
Casa e Cozinha
Moda