Amazon (AMZO34) (Leandro Fonseca/Exame)
Karina Souza
Publicado em 10 de abril de 2022 às 15h25.
A Amazon convocou uma nova votação para reconhecer o sindicato criado por trabalhadores nos Estados Unidos. O que a empresa alega, segundo a Reuters, é que um conselho trabalhista dos EUA e os organizadores do movimento teriam "suprimido" a participação de funcionários. De acordo com uma porta-voz da varejista, menos de um terço de quem trabalha no armazém de NY votou pela criação do sindicato.
Até o momento, a união dos trabalhadores da varejista se posicionou contra as alegações feitas pela empresa, afirmando que se trata de uma tentativa de minar os esforços realizados até o momento.
O movimento da Amazon vem cerca de nove dias depois da aprovação do Sindicato dos Trabalhadores da Amazon (ALU) em uma votação histórica por parte dos trabalhadores de Staten Island, Nova York -- por ser a primeira vez que uma organização sindical conseguiu definitivamente se erguer contra a empresa de Jeff Bezos.
O próximo passo dos trabalhadores do JFK8 é ratificar um contrato para se tornarem membros oficiais do sindicato. A expectativa é que o movimento pode impactar a forma como o e-commerce trata os funcionários do armazém.
Segundo maior empregador privado dos Estados Unidos, a Amazon já impediu diversas vezes que seus trabalhadores não participassem de um sindicato. Diversas histórias sobre as condições de trabalho no armazém foram divulgadas ao longo dos anos, a mais polêmica alegando que os funcionários tinham que urinar em garrafas para ganharem tempo.