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Amazon negocia em SP compra direta de fabricantes para revenda

O movimento é mais um passo da gigante norte-americana para expansão das operações de comércio eletrônico no Brasil

Amazon: segundo as fontes, a Amazon convocou diversos fabricantes para uma série de apresentações (Carlos Jasso/ Illustration/Reuters)

Amazon: segundo as fontes, a Amazon convocou diversos fabricantes para uma série de apresentações (Carlos Jasso/ Illustration/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de março de 2018 às 22h18.

São Paulo  - O grupo norte-americano de varejo online Amazon.com se reuniu com fabricantes de eletrônicos, perfumaria e outros produtos na última semana para anunciar que passará a comprar diretamente as mercadorias e se encarregará da armazenagem e entrega delas no Brasil, disseram à Reuters duas fontes que estiveram no encontro.

O movimento é mais um passo da gigante norte-americana para expansão das operações de comércio eletrônico no Brasil, onde ingressou em 2012 negociando inicialmente apenas livros físicos e digitais. Atualmente a empresa a empresa vende produtos no Brasil de outros lojistas.

Segundo as fontes, a Amazon convocou diversos fabricantes para uma série de apresentações que reuniram dezenas de pessoas na semana de 26 de fevereiro a 2 de março no hotel Blue Tree Morumbi, na capital paulista. No encontro a companhia norte-americana convidou os participantes a se cadastrarem no sistema da empresa até 9 de março para futura venda direta dos produtos.

"Eles apresentaram a Amazon, depois disseram que vão comprar diretamente dos fabricantes para revender", contou uma das fontes, que pediu anonimato porque as conversas ainda estão em andamento. Entre os executivos presentes no evento estava Ticiana Mártyres, gerente sênior de vendas da Amazon no Brasil, disse a fonte.

Na reunião com os fornecedores, os representantes da companhia norte-americana informaram que as mercadorias seriam armazenadas em instalações na Grande São Paulo, mas não quiseram especificar o local ou os volumes que seriam contratados, acrescentou a mesma fonte.

Em 7 de fevereiro, a Reuters noticiou que a Amazon estava transferindo as operações logísticas no Brasil para um complexo de galpões no município de Cajamar, a 50 quilômetros da capital paulista, onde negociava a locação de pelo menos 50 mil metros quadrados. A varejista se registrou em 4 de outubro do ano passado na prefeitura da cidade para exercer atividade econômica na região.

A Amazon também teria sinalizado aos fabricantes que usará serviços de transporte e atendimento ao cliente (call center) próprios no Brasil, afirmaram as fontes. "Eles falaram que voltam a conversar, mas todos têm que fazer o cadastro até dia 9 para dar continuidade às próximas etapas", explicou a segunda fonte.

Procurada pela Reuters, a Amazon disse que realiza "centenas de reuniões com potenciais vendedores e fornecedores sobre seus negócios no Brasil e possíveis planos futuros" desde o lançamento da Amazon.com.br e que "não especula sobre planos futuros".

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