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Amazon: resultados após divórcio de Bezos e Mackenzie

Durante o processo de separação, a ex-mulher do empresário abriu mão de 75% e de um assento no conselho da companhia

JEFF E MACKENZIE BEZOS: a ex-mulher  não recebeu nada do Washington Post e da Blue Origin (Danny Moloshok/Reuters)

JEFF E MACKENZIE BEZOS: a ex-mulher não recebeu nada do Washington Post e da Blue Origin (Danny Moloshok/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2019 às 06h45.

Última atualização em 25 de abril de 2019 às 07h43.

Após a conclusão de um divórcio pacífico mas que deixou os investidores  aflitos, a varejista online Amazon irá divulgar seus resultados do primeiro trimestre de 2019 nesta quinta-feira, 25. O período desse balanço inicial, que vai de janeiro a março, época em que Jeff e Mackenzie Bezos concretizaram o fim do relacionamento em vias judiciais, deve revelar o quanto, e se, o divórcio do homem mais rico do mundo impactará seus negócios.

Com o anúncio do divórcio, a divisão do patrimônio de 150 bilhões de dólares que o casal acumulava passou a ser alvo da imprensa mundial e também dos investidores da Amazon. Para o alívio dos acionistas, entretanto, no último dia quatro de abril Jeff e Mackenzie anunciaram a conclusão do processo de divórcio e o número um da Amazon manteve o controle da maior parte da empresa.

No acordo, Mackenzie abriu mão de 75% de sua participação na companhia e também abdicou do direito ao voto no conselho da Amazon. A ex-esposa de Bezos também preferiu não receber nada de outros dois grandes negócios do executivo: o jornal The Washington Post e a empresa de foguetes Blue Origin. Caso quisesse reivindicar a fatia completa a qual tinha direito, Mackenzie sairia do divórcio com cerca de 36 bilhões de dólares, o que faria dela a 4° mulher mais rica do mundo, bem como a dona da 25° maior fortuna do planeta.

A expectativa para os números que serão revelados nesta quinta-feira, portanto, não prevê um forte impacto em decorrência do divórcio. Porém, a própria Amazon espera por um resultado um pouco mais tímido devido à desaceleração econômica norte-americana. Se no último trimestre do ano passado as vendas da varejista cresceram 18%, no mesmo período de 2017 o crescimento foi de 42%. Para este ano, o banco Goldman Sachs prevê crescimento de 20% nas vendas da varejista.

Mesmo nesse cenário, o crescimento da companhia está a milhas de distância de qualquer análise pessimista. Somente no ano passado, a Amazon fechou o ano lucrando 237% mais do que em 2017, com lucro líquido de 10,1 bilhões de dólares e um faturamento 232,9 bilhões de dólares.

Na última divulgação de resultado, que compreende outubro, novembro e dezembro de 2018, a varejista lucrou cerca de 3,27 bilhões de dólares, superando a previsão de analistas consultados pela factSet. As ações da Amazon estão em alta de 28% este ano, e dobraram nos últimos dois anos. Uma nova leva de bons números deve seguir impulsionando os papeis e, por consequência, a fortuna de Jeff e Mackenzie Bezos.

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