Negócios

Amazon custeará aborto de funcionárias nos EUA

Empresa pagará até US$ 4 mil para custear procedimentos em estados americanos em que interrupção de gravidez é proibida

 (AFP/Reprodução)

(AFP/Reprodução)

AO

Agência O Globo

Publicado em 2 de maio de 2022 às 18h43.

Última atualização em 2 de maio de 2022 às 20h12.

A Amazon anunciou que pagará as despesas de viagem anualmente para “tratamentos médicos sem risco de vida, incluindo abortos”, a funcionárias da empresa que tiverem de sair de seu estado para realizar o procedimento. A decisão segue a uma tendência de empresas que decidiram confrontar leis de estados americanos — geralmente governados por republicanos — que proíbem a interrupção da gravidez.

Segunda maior empregadora dos Estados Unidos, a empresa informou que pagará às suas funcionárias até US$ 4 mil para ajudar nos custeios dos procedimentos, de acordo com a "Reuters”.

Está na hora de sair do emprego ou vale a pena continuar? Invista na sua carreira. Assine a EXAME.

A decisão da Amazon segue as medidas adotadas anteriormente pelo banco americano Citigroup, pelo Match Group (proprietária do Tinder) e pela Yelp, entre outras empresas, que decidiram apoiar o aborto e enfrentar leis estaduais que restringem o acesso ao aborto, ajudando as funcionárias a contorná-las.

Ele mostra como as empresas estão ansiosas para reter e atrair talentos em locais que permanecem importantes para suas operações, apesar das mudanças legais que afetam a saúde dos funcionários.

Até o fim de junho, a Suprema Corte dos EUA deve decidir um caso que pode dar à ala conservadora do parlamento americano a chance de alterar a regras de direito ao aborto, já liberado em alguns estados, ou até mesmo derrubar a decisão, que vigora desde 1973. Alguns dos estados americanos, como Oklahoma e Alabama, têm leis destinadas a limitar o acesso ao aborto e endureceriam a legislação caso a medida seja aprovada.

O novo benefício da Amazon, com efeito retroativo a 1º de janeiro, se aplica se os procedimentos não estiverem disponíveis em um raio de 161 km da casa da funcionária e o atendimento virtual não for possível, segundo comunicado da empresa. O benefício está aberto a funcionárias dos EUA, ou a dependentes cobertas por dois planos de saúde, Premera ou Aetna, independentemente de trabalharem em um escritório corporativo ou em um depósito.

Os reembolsos anunciados não são específicos para o aborto. Eles fornecem outros tratamentos considerados não fatais, como cardiologia, terapias genéticas celulares e serviços de transtorno de abuso de substâncias. Separadamente, a Amazon oferece até US$ 10 mil em reembolsos anuais de viagem para problemas que envolvam risco de vida.

Acompanhe tudo sobre:AbortoAmazon

Mais de Negócios

Empresa cresce num mercado bilionário que poupa até 50% o custo com aluguel

Como esta administradora independente já vendeu R$ 1 bilhão em consórcios

De food truck a 130 restaurantes: como dois catarinenses vão fazer R$ 40 milhões com comida mexicana

Peugeot: dinastia centenária de automóveis escolhe sucessor; saiba quem é