Herdeiros da TAM e da LAN, no anúncio da formação da Latam: fusão congelada por autoridades chilenas que investigam atuação da LAN (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2013 às 09h58.
São Paulo – A Amadeus, uma das maiores empresas de TI e distribuição para o mercado de viagens e turismo, informou por meio de sua assessoria de imprensa que a LAN e a TASA, unidade de tecnologia da companhia aérea, “não têm qualquer participação acionária na empresa”. A nota é uma resposta à Corporação Nacional de Consumidores e Usuários do Chile (Conadecus), que pediu a suspensão da fusão da LAN com a TAM, até que a Justiça chilena avalie possíveis abusos de mercado da LAN.
Na semana passada, a Conadecus enviou um documento -- obtido com exclusividade por EXAME.com -- de 27 páginas às autoridades chilenas pedindo a investigação da hegemonia da LAN no setor aéreo do país. Entre os motivos levantados pela corporação, estaria a participação da companhia na Amadeus, que poderia resultar numa manipulação de reservas de voos no Chile.
Diz o documento: “No Chile, o sistema mais utilizado é o Amadeus com 53% de participação de mercado em mais de 350 agências de viagens que o utilizam. Amadeus Chile é de propriedade em 50% da LAN e 50% da Tasa, uma filial da LAN”. A preocupação da Conadecus é que isso gere distorções no mercado. “Esses sistemas podem beneficiar a companhia aérea que é dona do sistema de reserva”, afirma o documento.
Já a Amadeus afirma que “não aplica práticas de manipulação de reservas nem efetua protecionismo em prol de nenhuma companhia aérea em nenhum dos mercados em que atua globalmente.” A Amadeus está listada nas bolsas de Madri, Barcelona, Bilbao e Valencia, desde abril de 2010.
Com base no documento da Conadecus, o Tribunal de Defesa da Livre Concorrência (TLDC), do Chile, congelou a fusão da LAN com a TAM para investigar a participação de mercado abusiva que a chilena tem hoje naquele país.