Novo negócio: energia a partir de cana representa 8% da receita da Alto Alegre (Kiko Ferrite/EXAME)
Tatiana Vaz
Publicado em 22 de julho de 2013 às 20h00.
São Paulo – As usinas de açúcar e álcool têm de enfrentar um desafio de negócios e tanto no Brasil. As dívidas do setor subiram de 7 bilhões para 25 bilhões de dólares desde 2006 – um dos motivos foi que outros setores se tornaram prioritários para o país. Além disso, o preço da energia é regulado pelo governo e sofre com altos e baixos pelos quais as empresas não tem como escapar. Para garantir a liquidez de suas operações, a usina Alto Alegre, do interior paulista, criou uma alternativa. Passou a investir na geração de eletricidade do bagaço de cana.
Os resultados dos primeiros recursos destinados para a nova empreitada fizeram com que a empresa fosse o destaque no setor de energia deste ano de Melhores e Maiores de 2012. Desde 2004, a receita obtida com a geração de eletricidade cresce 60% e hoje o braço de negócios já representa 8% do total da receita da companhia, de 1,2 bilhão de reais.
A usina paulista se destacou também por sua margem de vendas, de 23%, a segunda maior do setor. A líder nesse quesito, com 48,5% de margem, foi a AES Tietê. A Alto Alegre também teve um grande aumento de vendas líquidas no ano, de 33%. Só ficou atrás da IE Madeira, usina que apresentou crescimento de 98,1%.