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Alta de tarifas e resultado financeiro elevam lucro da Copel

A estatal paranaense teve lucro líquido de 302 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 21,7 por cento na comparação anual


	Copel: elevação das tarifas de distribuição ajudará a empresa a recuperar descontos concedidos aos clientes no passado
 (Divulgação)

Copel: elevação das tarifas de distribuição ajudará a empresa a recuperar descontos concedidos aos clientes no passado (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2015 às 22h17.

São Paulo - A estatal paranaense de energia Copel teve lucro líquido de 302 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 21,7 por cento na comparação anual, devido principalmente à elevação das tarifas de distribuição, que ajudará a empresa a recuperar descontos concedidos aos clientes no passado.

Segundo a empresa, a assinatura de um aditivo ao contrato de concessão da Copel Distribuição permitiu reconhecer 478,1 milhões de reais em receita referente a ativos e passivos financeiros, sendo que parte do valor é referente a descontos oferecidos nas tarifas em 2013 e 2014, que serão recuperados a partir do reajuste praticado neste ano.

A companhia também foi ajudada por uma alta de 187 por cento, para 120,6 milhões de reais, no resultado financeiro, puxado por uma maior inflação e também pela variação monetária de contas a receber vinculadas à concessão e à remuneração de ativos e passivos setoriais.

Com isso, o lucro ficou bem acima dos 203 milhões de reais estimados por analistas consultados pela Reuters. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de 493 milhões de reais no período, alta de 5,7 por cento ante o ano passado, também superior às projeções do mercado, que apontavam para 462,7 milhões de reais.

A receita operacional líquida da Copel foi de 3,9 bilhões de reais, com alta de 25,4 por cento ante 2014, puxada principalmente por um aumento de 54,3 por cento na receita com fornecimento de energia elétrica.

O avanço ocorreu por conta de reajuste tarifário de 24,8 por cento aplicado em junho de 2014 e uma revisão tarifária extraordinária de 36,79 por cento em março deste ano.

Já os custos e despesas operacionais subiram 28 por cento, para 3,6 bilhões, principalmente devido a maiores custos com a compra de energia elétrica e ao reajuste das tarifas de Itaipu, que são cotadas em dólar.

Na divisão de geração e transmissão de energia, a receita operacional somou 659,6 milhões, queda de 18,6 por cento na comparação anual, devido a uma menor alocação de energia para venda no segundo trimestre e à redução dos preços da energia no mercado de curto prazo ante os níveis de 2014.

Já a Copel Distribuição teve receita operacional de 2,48 bilhões, com alta de 53,4 por cento, principalmente pelas elevações tarifárias autorizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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