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Alsol, do grupo Energisa, investe R$ 70 milhões em 4 usinas solares em MG

Com capacidade de geração de energia para abastecer 20 mil residências, o projeto terá foco em pequenas e médias empresas

Projeto solar da Alsol, do grupo Energisa, em Minas Gerais (Alsol/Divulgação)

Projeto solar da Alsol, do grupo Energisa, em Minas Gerais (Alsol/Divulgação)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 17 de junho de 2020 às 13h29.

Última atualização em 17 de junho de 2020 às 15h31.

A Alsol, empresa de energias renováveis do grupo Energisa, está investindo 70 milhões de reais em quatro novas usinas solares em Minas Gerais, com foco principalmente em pequenas e médias empresas. O objetivo é oferecer custos mais acessíveis em meio à pandemia do novo coronavírus.

Das 4 usinas, 3 já estão 100% contratadas e a expectativa é que a quarta unidade comece a operar até o final de julho com toda a capacidade utilizada.

"Reestruturamos toda a nossa equipe para atendimento 100% digital. Após a covid-19, a nossa demanda até aumentou", afirma Gustavo Malagoli Buiatti, fundador e diretor de tecnologia da Alsol, em entrevista à EXAME.

De acordo com a companhia, todas as novas usinas estarão conectadas à rede até julho, com capacidade de geração de cerca de 20,3 megawatt-pico (quando a disponibilidade de energia atinge seu pico), o que seria suficiente para abastecer 20.000 residências.

“Temos um compromisso com os clientes, ainda mais no cenário atual. Daí a importância de continuarmos investindo neste segmento fundamental para a energia do futuro”, afirma Geraldo Mota, presidente da Alsol e vice-presidente de geração, transmissão e serviços da Energisa.

Os clientes das novas usinas da Alsol são majoritariamente micro, pequenas e médias empresas, que atuam em segmentos essenciais como supermercados, farmácias, padarias e açougues.

Neste modelo de negócio, a Alsol faz todos os investimentos e comercializa cotas das fazendas solares através de consórcios. Os empreendedores deixam de contratar energia da distribuidora e passam a comprar da Alsol, com descontos de aproximadamente 20% na fatura.

"Enviamos créditos de energia limpa, de forma remota, e o cliente tem uma economia da ordem de 20%", afirma Buiatti.

No fim de maio, a Alsol conectou ao sistema a usina solar fotovoltaica Capim III, em Uberlândia, Minas, com capacidade de 2,3 MWp, e um investimento de aproximadamente 10 milhões de reais. 

Outras duas unidades estão sendo concluídas, com aportes que somam cerca de 40 milhões de reais. A usina Santa Rosa, que deve ser inaugurada até o fim de junho, terá capacidade de 6,1 MWp. A Granja Marileusa I tem conexão prevista para julho, com 5,9 MWp de capacidade. 

No último mês de janeiro, foi inaugurada a usina Jardim II, também em Uberlândia, com capacidade de geração de 6 MWp. O projeto recebeu investimentos da ordem de 20 milhões de reais.

O movimento ocorre em meio ao crescimento do mercado de energias renováveis, que estão ganhando cada vez mais competitividade em relação aos combustíveis fósseis, por exemplo. Mesmo com a queda dos preços do petróleo observada na pandemia, solar e eólica se mantêm competitivas.

Entre projetos próprios e de terceiros, a Alsol já contabiliza cerca de 75 MWp de capacidade instalada de energia solar no Brasil.

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