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Alphabet divulga resultados: meta é bater a Microsoft na nuvem

O segmento de nuvem do Google trabalha para tornar-se uma fonte de receita primordial nos próximos anos

Sundar Pichai: a Alphabet vem apostando as fichas em produtos como inteligência artificial, carros autônomos e computador quântico  (Stephen Lam/Reuters)

Sundar Pichai: a Alphabet vem apostando as fichas em produtos como inteligência artificial, carros autônomos e computador quântico (Stephen Lam/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2020 às 06h47.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2020 às 07h16.

São Paulo — Os investidores estão acostumados com altas de dois dígitos nos balanços da Alphabet, companhia-mãe do Google. A pergunta na tarde desta segunda-feira 3, quando a empresa divulga seus resultados do quarto trimestre e do ano de 2019, é se o crescimento será suficiente.

A empresa deve reportar faturamento de 46,9 bilhões de dólares, alta de 19% em relação ao ano anterior, parecido com o dos demais trimestres de 2019.

O faturamento anual deve fechar em 162,7 bilhões de dólares (também em alta de 19%). O lucro por ação do trimestre deve ser de 12,55 dólares, com lucro anual passando de 32 bilhões de dólares (alta de 10%).

Por ora, a Alphabet deve continuar mostrando bons resultados em seus carros-chefe como o buscador e o serviço de vídeos YouTube, campeões em anúncios (que, por sua vez, respondem por 80% do lucro).

Mas a esperança do mercado é que o lucro do balanço venha cada vez mais de um perfil diferente de clientes: os corporativos. Essa clientela é vista como importante para diversificar a companhia para além dos anúncios, cada vez mais na mira de governos em meio a questões relacionadas a privacidade.

O Google tenta correr atrás de nomes como a ferramenta de mensagens corporativa Slack e a Microsoft, líder nessa seara.

O site especializado em negócios de tecnologia The Information revelou na semana passada que a divisão de nuvem da empresa (representada por aplicativos como o Google Drive) está trabalhando em um combo corporativo a ser lançado em breve.

“Evoluímos de uma empresa que ajuda as pessoas a encontrarem respostas a uma empresa que ajuda a fazer as coisas acontecerem”, disse na conferência de resultados do terceiro trimestre o então presidente do Google, Sundar Pichai — que assumiu a Alphabet inteira no fim do ano passado após a saída dos fundadores Larry Page e Sergey Brin.

A expectativa dos investidores é que Pichai imprima ao grupo uma visão mais pé no chão. A Alphabet vem apostando as fichas em produtos como inteligência artificial, carros autônomos e computador quântico — que chama no balanço de “outras apostas” (other bets, em inglês), com prejuízo de 940 milhões de dólares só no terceiro trimestre. O desafio de Pichai será equilibrar a preparação para o futuro sem queimar (tanto) dinheiro.

Apostas à parte, o ano de 2020 já começou agitado para a empresa, que chegou ao valor de mercado de 1 trilhão de dólares no começo do mês.

A ação caiu desde então e o valor da Alphabet fechou a sexta-feira em 988,7 bilhões de dólares. Ainda assim, a ação acumula alta de 7% em janeiro. A empresa pode voltar ao patamar trilionário já nesta segunda-feira caso os resultados sejam animadores.

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