Vagões de trem da ALL: duplicação vai permitir aumentar a capacidade do principal corredor de exportação ferroviário dos atuais 15 pares de trem para 37 pares de trem (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2014 às 19h18.
São Paulo - A América Latina Logística (ALL) obteve do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) a licença ambiental para terminar as obras de duplicação do trecho ferroviário entre Campinas e Santos. A concessionária aguardava a autorização para continuar os trabalhos em dois trechos que, juntos, somam cerca de 40 quilômetros: de Embu-Guaçu até Evangelista de Souza, na região de planalto, e de Paratinga até Perequê, na Baixada Santista. A empresa prevê a conclusão das obras em até um ano.
A duplicação vai permitir aumentar a capacidade do principal corredor de exportação ferroviário dos atuais 15 pares de trem para 37 pares de trem, como tem afirmado a direção da ALL. Par de trem é a medida que equivale à quantidade de composições em ambas direções da via. A empresa também já informou que o montante necessário para o término da duplicação é de pouco mais de R$ 100 milhões. Com a autorização do Ibama, emitida ontem, a ALL passa a deter todas as licenças ambientais necessárias para completar as obras.
O superintende de Segurança e Meio Ambiente da ALL, Evandro Abreu de Souza, explicou que a licença, válida por quatro anos, está condicionada ao cumprimento, por parte da concessionária, de programas de responsabilidade socioambiental. Entre esses projetos estão incentivos à geração de renda, ações complementares a educação e saúde das comunidades e programa de gestão territorial. "São ações voltadas ao fortalecimento das comunidades indígenas", disse.
A licença, cujo processo foi iniciado no segundo semestre de 2010, está no centro das discussões entre ALL e a Rumo Logística sobre a validade do contrato assinado para o transporte de açúcar assinado entre as duas em 2009. De acordo com a ALL, a prestação de serviços de transporte para a Rumo, nos volumes demandados pela subsidiária do Grupo Cosan, depende da duplicação da ferrovia.