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ALL lucra 90% a mais em 2005, apesar da seca no Sul do país

Especializada no transporte de cargas, empresa não se abateu com a redução da safra agrícola no ano passado. O transporte intermodal, no norte do país, compensou as perdas no Sul

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

A seca no Sul do País, que causou prejuízos na lavoura local no ano passado, não causou grandes perdas à América Latina Logística (ALL), especializada no transporte de cargas. A empresa contornou as adversidades e conseguiu lucrar 90% a mais do que em 2004. No ano passado, os ganhos foram de 170 milhões de reais. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) foi de 482 milhões de reais. A receita ficou em 1,3 bilhão de reais.

Em 2005, a região Sul sofreu uma de suas piores secas, com perdas estimadas em 75% do total produzido. E é lá que se concentra a malha ferroviária da ALL. No entanto, antes que a safra minguada prejudicasse os  resultados, a empresa transferiu os  esforços para o Norte do país. No mercado agrícola, por exemplo, a ALL conseguiu capturar cargas intermodais (que utilizam diversos tipos de transporte e não apenas o ferroviário) no Mato Grosso e em Goiás. Com isso, atingiu a maior participação de mercado  de sua história, com participação média de 68% nos locais onde atua.

"Com a seca do Sul, operamos em um cenário muito diferente do que havíamos previsto. Mostramos flexibilidade para nos adaptarmos às condições de mercado", diz Bernardo Hees, diretor-presidente da ALL.

Os clientes industriais também contribuíram para o resultado positivo da companhia. No ano passado, o volume de cargas intermodais nesse setor cresceu 11%. Os destaques ficaram para os clientes dos segmentos de madeira, papel e produtos siderúrgicos.

No ano passado, a ALL investiu 255 milhões de reais, valor aplicado especialmente  na melhoria da malha ferroviária. Além da reforma de 40 locomotivas, foram adquiridos novos 1 000 vagões. Outros 700 vagões, de clientes como Bunge, Klabin e Sadia, também foram reformados. Desde a privatização, em 1997, a empresa já investiu 1 bilhão de reais.

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