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ALL confirma rescisão de linhas ferroviárias

De acordo com fato relevante enviado à CVM, o fim da concessão ocorre por meio da Resolução 469/2013, do Ministério de Interior e Transporte, do governo argentino


	A ALL também divulgou que os resultados das concessões na Argentina corresponderam a 6,5% da receita líquida e 0% do Ebitda total da companhia
 (Divulgação/ALL)

A ALL também divulgou que os resultados das concessões na Argentina corresponderam a 6,5% da receita líquida e 0% do Ebitda total da companhia (Divulgação/ALL)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2013 às 19h02.

São Paulo - A América Latina Logística (ALL) confirmou nesta quarta-feira que foram rescindidas as concessões de linhas ferroviárias, na Argentina, da América Latina Logística Central e América Logística Mesopotâmica.

De acordo com fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o fim da concessão ocorre por meio da Resolução 469/2013, do Ministério de Interior e Transporte, do governo argentino. A ALL reforça que adotará todas as medidas legais cabíveis.

Mesmo após declarações do ministro do Interior e Transporte da Argentina, Florencio Randazzo, sobre a estatização das concessões de linhas ferroviárias da ALL, a companhia havia informado nesta terça-feira, 4, que não havia recebido qualquer informação oficial do governo argentino.

No fato relevante divulgado nesta quarta-feira, a ALL reiterava que buscava potenciais investidores interessados em comprar participação nas concessões da ALL Argentina, "em vista do atual cenário político e econômico da Argentina".

A companhia também divulgou que os resultados das concessões na Argentina corresponderam a 6,5% da receita líquida e 0% do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) total da companhia.

FI-FGTS

A ALL anunciou nesta quarta-feira que o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) realizará aporte de capital na controlada Brado Logística e Participações, no valor de R$ 400 milhões.

O investimento será feito mediante aumento de capital social da Brado, empresa criada pela ALL em sociedade com a Standard Logística. Como resultado da capitalização, a ALL passará a deter 62,22222% do capital social da Brado, os antigos acionistas da Standard Logística deterão 15,55556% e o FI-FGTS, 22,22222%.

De acordo com fato relevante, os recursos da capitalização serão investidos pela Brado em infraestrutura de transporte e logística intermodal (ferrovia, rodovia e porto), tais como material rodante, terminais e via permanente.

O objetivo é "ampliar sua capacidade e aumentar sua participação no mercado, tendo em vista seu objeto de atuar prestando serviços de transporte, armazenagem, operação de terminais e retroáreas portuárias, handling e outros serviços complementares ao transporte de contêineres".

Ainda segundo o comunicado, a ALL, os acionistas originais (da Standard Logística) e o FI-FGTS assinarão novos acordos de acionistas regulando os direitos e obrigações.

"Assim como concedido aos acionistas originais, caso a Brado não faça uma oferta pública de suas ações, o FI-FGTS poderá fazer um swap (troca) de suas ações de emissão da Brado por ações de emissão da companhia (ALL), com base no valor econômico das duas companhias na data da troca", diz o fato relevante.

"O eventual exercício desse direito de liquidez pelos acionistas originais somente poderá se dar no período entre abril/2014 a abril/2016, e pelo FI-FGTS no período entre junho/2018 e junho/2020", acrescenta.

Segundo a ALL, caso os acionistas originais exerçam o direito de swap, haverá um ajuste no valor pago pelo FI-FGTS pela capitalização.

"Nesta hipótese, o FI-FGTS passará a valorar a Brado em R$ 1,35 bilhão pré-capitalização, e receberá ações de emissão da Brado suficientes para passar a ter participação acionária total correspondente a 22,85714% do seu capital social, diluindo proporcionalmente os demais acionistas", diz a companhia, no fato relevante, ressaltando que a capitalização está condicionada às autorizações governamentais aplicáveis.

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