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Alívio da Black Friday não salva ano ruim do mercado editorial

Resultado da Black Friday ficou acima do esperado pelas editoras, mas ainda não foi suficiente para compensar o ano fraco em vendas

Mercado editorial: livro mais vendido na Black Friday foi Harry Potter e a Criança Amaldiçoada (.)

Mercado editorial: livro mais vendido na Black Friday foi Harry Potter e a Criança Amaldiçoada (.)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de dezembro de 2016 às 11h44.

São Paulo - Um pouco de alívio num ano difícil para o mercado editorial brasileiro: a Black Friday (25 de novembro) teve um impacto positivo e apresentou um resultado acima das expectativas do mercado, de acordo com o mais recente Painel das Vendas de Livros no Brasil, realizado pela Nielsen e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), divulgado nesta quarta-feira, 28.

O período (10/10 a 4/12) apresentou um crescimento de 48% no volume e 33% no faturamento em relação ao período imediatamente anterior.

Comparado ao mesmo período de 2015, os números também são positivos: crescimento de 10% no volume e 12,5% no faturamento.

Os resultados do acumulado do ano, porém, ainda são negativos. Até o início de dezembro, a queda era de 11% no volume de livros, e 3,3% no faturamento, em comparação a 2015.

Na semana da Black Friday, houve um crescimento de 115% no volume de livros vendidos, em comparação com a média das quatro semanas anteriores - o faturamento cresceu 65%, já que os descontos oferecidos são maiores do que o comum.

O livro mais vendido foi Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, da Rocco, com 32 mil unidades.

Esse é o primeiro período do ano (são 13 no total) que o volume de livros vendidos é maior do que em comparação com o mesmo período em 2015.

Mas os gráficos apontam menor crescimento acumulado em todos os períodos do ano - ou seja, mesmo com a Black Friday "potente", os resultados do ano ainda são ruins para o mercado editorial nacional.

O SNEL espera uma recuperação apenas para o segundo semestre de 2017 ou mesmo 2018, junto com a da economia brasileira.

"O mercado editorial não é algo separado do resto da economia", disse, no início de dezembro, o presidente do SNEL, Marcos da Veiga Pereira. "É uma falácia essa crença de que os livros são um lugar de escape em momentos de crise."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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