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Alibaba fechará seu aplicativo de streaming de música Xiami

Decisão marca retrocesso em relação às ambições do Alibaba no setor de música digital da China

O Xiami Music foi comprado pelo Alibaba em 2013, quando a empresa entrou no concorrido mercado de música online da China (Aly Song/File Photo/Reuters)

O Xiami Music foi comprado pelo Alibaba em 2013, quando a empresa entrou no concorrido mercado de música online da China (Aly Song/File Photo/Reuters)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 5 de janeiro de 2021 às 11h05.

O Alibaba anunciou nesta terça-feira, 5, que encerrará sua plataforma de streaming Xiami Music no início de fevereiro. Medida marca retrocesso em relação às suas ambições no setor de música digital da China.

O Xiami Music vai acabar no dia 5 de fevereiro “por causa de ajustes no desenvolvimento dos negócios”, disse o braço de música online do gigante chinês do comércio eletrônico. "É difícil dizer adeus depois de (a plataforma) estar com você por 12 anos."

A decisão foi divulgada após autoridades chinesas anunciaram uma investigação antitruste, a suspensão da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) do Ant Group e em meio ao desparecimento de Jack Ma, que não aparece em público há mais de dois meses.

O Xiami Music foi fundado em 2006 e comprado pelo Alibaba em 2013, quando a empresa entrou no concorrido mercado de música online da China, que é dominado pela Tencent Holdings.

O início de seu declínio coincidiu com a batalha pelos direitos musicais na China. Em 2015, o governo começou a reprimir a violação de direitos autorais e mais de dois milhões de músicas não autorizadas foram removidas e com isso houve a perda de usuários. Atualmente tem apenas 2% do mercado de streaming de música do país, atrás do KuGou Music, QQ Music, KuWo e NetEase Cloud Music, de acordo com a empresa de inteligência de dados de Pequim TalkingData.

No entanto, isso não marca o fim da participação do Alibaba no mercado de streaming online. Em setembro de 2019, o grupo investiu 700 milhões de dólares em um dos concorrentes do Xiami, o NetEase Cloud Music.

(*Com informações da Reuters)

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