Bombas de combustível: empresa admitiu ter participado de um cartel que afetou a distribuição de combustíveis em Belo Horizonte (Ricardo Matsukwa/VEJA)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de novembro de 2018 às 19h40.
Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira, 7, acordo proposto pela Alesat Combustíveis pelo qual a distribuidora pagará 48,6 milhões de reais para encerrar investigação de cartel contra ela. Foi o primeiro acordo firmado pelo Cade em processo envolvendo conduta anticompetitiva no mercado de combustíveis. Há várias investigações do tipo em curso no órgão.
No processo, a Alesat admite ter participado de um cartel que afetou a distribuição de combustíveis em Belo Horizonte (MG) e municípios vizinhos. A distribuidora também ajudará nas investigações. Também são suspeitas de terem participado do esquema a Raízen, a BR Distribuidora e a Ipiranga, o que teria ocorrido, pelo menos, entre 2006 e 2008.
Até agora, as distribuidoras negavam participação nos esquemas de cartel em postos de combustíveis investigados pelo conselho. Em 2017, o Cade celebrou cinco acordos com outros investigados no processo, mas todos postos de combustíveis ou sindicatos, que pagaram juntos 13 milhões de reais.
Na sessão desta quarta-feira, o Cade também aprovou outros quatro acordos para encerrar investigações no conselho. A WEG concordou em pagar 46,3 milhões de reais e a Schneider Eletric 12,3 milhões de reais para encerrarem investigações de cartel no mercado de equipamentos de transmissão e distribuição elétrica. A Weg divulgou comunicado ao mercado em que informou a celebração do acordo e ressaltou que, com isso, extingue-se o processo em relação à companhia.