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Alemanha, Colômbia, Londres: os números e desafios da Uber

Empresa de transporte compartilhado vem tentando reduzir seus prejuízos, mas foi banida em três países desde novembro

Uber na Colômbia: empresa foi banida do país e projeta levar o caso a arbitragem internacional (Luisa Gonzalez/Reuters)

Uber na Colômbia: empresa foi banida do país e projeta levar o caso a arbitragem internacional (Luisa Gonzalez/Reuters)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 6 de fevereiro de 2020 às 06h55.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2020 às 06h57.

São Paulo — Mais um trimestre, mais uma leva de desconfiança e desafios pairando sobre a Uber. Nesta quinta-feira, a companhia de transporte compartilhado divulga os resultados de seu quarto e último trimestre fiscal de 2019, e os números devem revelar o tamanho do impacto de recentes más notícias. 

Analistas projetam faturamento de 4,1 bilhões de dólares, alta de mais de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior. O prejuízo deve ficar em 68 centavos de dólar por ação, 48% menor do que as perdas de 2018.

No terceiro trimestre, a Uber registrou seus melhores resultados em muito tempo: o prejuízo foi de 1,2 bilhão de dólares, melhor do que o esperado pelos analistas e muito menor do que os 5,2 bilhões em perdas no segundo trimestre (boa parte por conta da oferta inicial de ações na bolsa). O crescimento de 30% no terceiro trimestre, a 3,8 bilhões de dólares, também foi maior do que o esperado. 

Mas o quarto trimestre trouxe uma série de dores de cabeça. Desde novembro passado, a Uber foi banida em Londres, capital inglesa, na Alemanha e na Colômbia. A empresa ainda luta na justiça para reverter os vetos, mas a dúvida é se os impedimentos interromperão o otimismo da companhia, que batalha para diminuir os prejuízos. 

Os reguladores de Londres decidiram banir a Uber da cidade em novembro, alegando que a empresa arrisca seus passageiros ao não avaliar ou oferecer treinamento aos seus motoristas.

Na Alemanha, a Uber foi banida em dezembro após a justiça determinar que a companhia viola as leis de concorrência do país e não possui as licenças necessárias para oferecer seus serviços. Por lá, a empresa conseguiu continuar operando até que seus recursos sejam analisados pela justiça. 

O caso mais recente de banimento aconteceu na última sexta-feira 31, na Colômbia. Tal como na Alemanha, um tribunal decidiu que a empresa viola as regras de concorrência locais. Antes de sua partida, a Uber tinha 2,3 milhões de usuários e 88.000 motoristas na quarta maior economia da América Latina. 

O gerente geral da empresa para a América Latina, George Gordondisse, disse que a Uber que está considerando levar sua disputa com o governo colombiano para a arbitragem internacional. Cálculos iniciais  da companhia sugerem que os danos pela suspensão de seus serviços apenas na Colômbia excederão 250 milhões de dólares. 

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